Mato Grosso, 26 de Abril de 2024
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Índios e madeireiros são alvos de operação da PF que apura extração ilegal de madeira em terra indígena de MT

04.12.2019
08:31
FONTE: G1 MT

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  • Operação Ybyrá — Foto: Polícia Federal de Mato Grosso/Assessoria

    Operação Ybyrá — Foto: Polícia Federal de Mato Grosso/Assessoria

A Polícia Federal realiza na manhã desta quarta-feira (4) a operação Ybyrá para combater a ação de uma organização criminosa que atuava no processo de extração ilegal de aroeira na região da Terra Indígena Sararé que fica localizada no município de Conquista D'Oeste, a 571 km de Cuiabá.

 

Até as 7h25 (horário de Mato Grosso), três índios foram presos.

 

Segundo a PF, a investigação apontou a participação de lideranças indígenas na estrutura da organização, uma vez que os índios envolvidos permitiam a exploração da reserva em troca de pagamentos periódicos ou outros benefícios.

 

Cerca de 65 policiais federais devem cumprir 25 ordens judiciais expedidos pela Justiça Federal de Cáceres, a 220 km de Cuiabá, dentre as quais constam 12 mandados de prisão e 13 mandados de busca e apreensão nas cidades de Nova Lacerda (MT) e Conquista D’Oeste.

 

Na operação estão sendo presos indígenas, madeireiros e uma grande propriedade rural está sendo apreendida judicialmente por ter adquirida madeira oriunda da reserva indígena.

 

Investigação

A investigação teve início no ano de 2017, a partir de uma prisão em flagrante realizada em uma ação de fiscalização de terra indígena.

 

Tais fiscalizações visavam coibir a prática de crimes ambientais no interior das reservas e são coordenadas pela Fundação Nacional do Índio (Funai), contando com o apoio do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e de forças policiais.

 

O foco da exploração ambiental investigada na operação foi a extração da aroeira, espécie que tem o corte proibido em floresta primária desde 1991 por uma portaria normativa expedida pelo Ibama.

 

Os presos estão sendo conduzidos para a Delegacia de Polícia Federal em Cáceres onde serão ouvidos e encaminhados à cadeia local.

 

No período da investigação foi realizada uma das apreensões foram apreendidas mais de 1,2 mil lascas de aroeira avaliadas em mais de R$ 50 mil.

 

A operação tenta também identificar outras pessoas responsáveis pela aquisição da aroeira, as quais serão indiciadas pelo crime ambiental e pela organização criminosa, bem como os imóveis serão apreendidos para ressarcimento ambiental.

 

O nome da operação faz menção ao significado das palavras “árvore, tronco, madeira” no dialeto tupi.

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