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O controle rigoroso do que chega nas plantas e a integração das indústrias com os produtores rurais são fundamentais para a qualidade no setor de chás e sucos. Foi o que afirmou o gerente de Desenvolvimento e Suprimento Agrícola da Leão/Coca-Cola, Maurício Ferraz, em palestra, neste sábado (2/12), no Festival Origem, promovido pelas revistas Época, Globo Rural e Casa e Jardim, em São Paulo.
“O nosso principal objetivo é buscar um produto no campo e garantir que toda cadeia mantenha a qualidade que eu encontro lá”, disse Ferraz. “Uma indústria pode estragar um produto, mas não pode melhorá-lo. Quem faz o trabalho de melhoramento é o produtor”, acrescentou o executivo, especialista em fruticultura com passagens pelo Instituto Brasileiro de Frutas (Ibraf).
A Coca-Cola tem uma rede de cerca de 25 mil produtores, que fornecem tanto a fruta in natura quanto as polpas já processadas. Desse total, 80% são pequenos, de todas as regiões do Brasil. Segundo Maurício Ferraz, esse modelo de distribuição da rede de fornecedores garante o atendimento à demanda, especialmente em frutas de regiões e climas específicos.
“Quase não temos grandes produtores na nossa cadeia. O pequeno consegue ter um controle melhor da qualidade da produção”, acredita.
Um dos pontos dessa integração, explicou Ferraz, é a adoção de contratos de longo prazo. Produtores de goiaba no Espírito Santo, por exemplo, podem fechar parcerias com a empresa por um período de seis a oito anos. A precificação da fruta, garante o executivo, é feita com base em fatores como custo de produção e produtividade da lavoura.
“Quando o produtor tem o contrato, é mais fácil ele conseguir crédito. E nós fornecemos a assistência técnica para ter o produto no nosso padrão. A gente trabalha engajando o produtor. É ensinar a cadeia sobre as boas práticas e como garantir um produto final de qualidade”, disse ele.
Durante a palestra, Maurício Ferraz pontuou que a cadeia produtiva ainda tem falhas em matéria de conservação de produtos. Segundo ele, as perdas podem chegar a 40% na horti e fruticultura, em função de fatores como o transporte. Nas fábricas da empresa, ressaltou, o nível de perdas está em torno de apenas meio por cento.
“A nossa cadeia produtiva ainda é falha. Uma vantagem quando se trabalha com produto acabado, é que a gente trabalha para preservar e garantir o maior tempo para usar”, ponderou.
O Festival Origem ocorre no Memorial da América da Latina, em São Paulo, e vai até o domingo (3/12). A programação completa do evento está disponível em www.festivalorigem.eco.
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