Mato Grosso, 24 de Abril de 2024
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Jovem solta por falta de provas na morte do marido diz que não tem interesse em seguro e pede ‘justiça’

22.08.2019
16:34
FONTE: Portal Sorriso

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  • Jovem solta por falta de provas na morte do marido diz que não tem interesse em seguro e pede ‘justiça’. - Foto: Portal Sorriso

    Jovem solta por falta de provas na morte do marido diz que não tem interesse em seguro e pede ‘justiça’. - Foto: Portal Sorriso

Thaynara de Moraes, 21 anos, que teve a prisão temporária decretada por suposto envolvimento na morte do marido, Mário Felipe Guaberto Abreu, 28 anos, foi solta por falta de provas. Em entrevista, a jovem disse, nesta quinta-feira (22), que a sua inocência foi provada e não tem interesse em seguro da vítima ou quaisquer bens patrimoniais. Declarou, ainda, não ter certeza se o ex-marido, Sidnei Vicente Vergínio, conhecido como Sid, 26 anos, foi quem possivelmente praticou o homicídio e “pede justiça”.

 

Durante a entrevista, Thaynara disse que não mudou o depoimento dado na delegacia. Segundo ela, no dia do crime não foi possível ver quem matou o marido. Ele foi assassinado quando chegava em casa, na rua Caracas, no bairro Jardim América, em Sorriso, no dia 22 de março deste ano.

 

Ela contou que apenas viu a cor da manga da camisa do atirador, que usava capacete. Perguntada se havia suspeita de que o ex-marido teria praticado o crime, ela afirmou que inicialmente nunca desconfiou dele. “Eu só consegui pegar a manga da camisa, a cor e que tinha um símbolo na camisa em branco. Fora isso eu não consegui ver mais nada”, informou, acrescentando desconhecer que Sid usava uma camisa semelhante no dia em que foi preso, na terça-feira (20).

 

“Um dos investigadores chegou e colocou a camisa na cadeira. Pediram se eu reconheci. Olhei por um tempo a camisa, pedi para um dos meninos fazerem uma simulação comigo e cogitei que seria bem idêntica. Por coincidência, quando eu saio para fora, estava ele [Sid, no dia prisão] usando a camisa. E era muito parecida realmente”.

 

Perguntada se após ver semelhança na camisa usada pelo autor do crime e na que Sid vestia no dia da prisão, Thaynara disse que ainda não consegue afirmar se o ex-marido foi quem realmente matou Mário. “Eu não posso acusar ninguém sem ter provas. Só que com a justiça agora sendo feita, com todo mundo envolvido, indo atrás, isso vai ser esclarecido. E se realmente foi, que pague. Que a justiça seja feita”, declarou.

 

Sobre o recebimento de ameaças recebidas por Mário, com pedido de que ele se separasse dela, a viúva diz que o marido nunca comentou a respeito. “Até mesmo o comportamento do Mário comigo não teve alteração alguma, seja na forma de conversar, na forma de comunicar, ele permaneceu sempre a mesma pessoa”.

 

Quando detida, inicialmente a polícia suspeitava que Thayanara tivesse suposto interesse financeiro nos bens que poderia herdar com a morte do marido. Perguntada se havia alguma relação de interesse, a jovem diz que não pretende receber qualquer vantagem financeira e deseja que tudo seja entregue à família dele. “Tanto é que a gente dividia as contas. Eu sabia de tudo que o Mário tinha para pagar. Ele tinha mais contas para pagar do que dinheiro para gastar”.

 

Sobre tentar confundir investigações

No início das investigações, a polícia suspeitou que Thaynara tentasse prejudicar as investigações ao pedir para uma amiga fazer supostas denúncias falsas. A mulher chegou a ser conduzida coercitivamente à delegacia para prestar esclarecimentos.

 

Questionada, a jovem disse que o marido tinha uma amiga em comum e que ela desconfiava de um caso entre eles. “Eles eram muito grudados e eu tinha certa desconfiança. Porque era muita conversinha. Em conversa minha com ela, eu falei vai lá, conversa, não acusando ninguém porque eu não tinha acesso a essas conversas [dele] com ela. E disseram que eu estava desvirtuando as investigações, mas em momento algum eu quis fazer isso”.

 

Perguntada sobre o celular da vítima, que teria desaparecido após o crime com mensagens apagadas, Thaynara disse que após o assassinato usou o aparelho para avisar ao irmão de Mário. “Eu não tive tempo de ficar em celular mexendo. Tanto é que até acabou a bateria do celular (...) Eu não tinha estrutura para isso, eu estava em choque”.

 

Thaynara ainda declarou que tinha uma ótima relação com o marido e ficou abalada com o assassinato. “Eu amava ele e foi uma grande perda”, contou, acrescentando que chegou a sofrer de depressão e crises de ansiedade e pânico.

 

Detido no CRS

Sidnei, segundo o delegado Nilson Farias, já foi interrogado e conduzido ao Centro de Ressocialização de Sorriso (CRS), onde se mantém detido à disposição da Justiça, por suposta autoria do assassinato de Mário.

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