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O juiz Jorge Alexandre Martins Ferreira, que autorizou as interceptações telefônicas feitas pela Polícia Militar, deve depor em audiência sobre o esquema de grampos investigado pela Justiça. Os telefones de jornalistas e autoridades foram incluídos indevidamente numa supostas investigação sobre tráfico de drogas que teria o envolvimento de policiais militares.
O depoimento do magistrado está marcado para a próxima terça-feira (20) e deve ocorrer na 11ª Vara Criminal de Cuiabá. No mesmo dia também deve ser ouvido o empresário do ramo de TI, José Marilson da Silva.
As audiências tiveram início na sexta-feira (9). Já foram ouvidos pelo juiz Murilo Mesquita, titular da vara, a sargento Andréia Pereira de Moura Cardoso e o cabo Cleyton Doreilo Rosa de Barros, que confirmaram terem trabalhado na central de escutas.
Também foi ouvido na sexta-feira o cabo da Polícia Militar Euclides Luiz Torezan, que desenvolveu o sistema usado para as interceptações e o promotor e Justiça Mauro Zaque, que denunciou o esquema.
O escândalo veio à tona numa reportagem exibida pelo Fantástico em maio do ano passado.
Cinco PMs são acusados de fazerem parte de um esquema de espionagem, entre outubro de 2014 e agosto de 2015.
Centenas de pessoas que não eram suspeitas de terem cometido crimes foram espionadas, entre elas jornalistas, uma deputada de oposição, médicos, servidores públicos, empresários, advogados e um desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso.
Foram denunciados por participação no esquema os coronéis Zaqueu Barbosa, Ronelson Barros e Evandro Lesco, ex-chefe da Casa Militar, o tenente-coronel Januário Batista, e o cabo Gerson Correa Junior.
De todos eles, o cabo Gerson é o único que continua preso.
Investigações no STJ
Apenas o inquérito contra os militares tramitam na Justiça estadual. Desde outubro do ano passado, o esquema está sendo investigado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
A decisão de tirar o processo das mãos do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) atendeu aos pedidos feitos pelo governador Pedro Taques (PSDB) e pelo Ministério Público Federal (MPF).
Com isso, todas as diligências e depoimentos que até então ocorriam sob a relatoria do desembargador Orlando Perri, no TJMT, passaram a tramitar sob a supervisão do ministro Mauro Marques, do STJ.
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