Mato Grosso, 29 de Março de 2024
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Justiça aceita denúncia e bisavó que enterrou recém-nascida indígena viva em MT vira ré

14.06.2018
07:19
FONTE: G1 MT

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  • Kutsamin Kamayura é bisavó da índia recém-nascida em Canarana (Foto: Polícia Civil de MT/Assessoria)

    Kutsamin Kamayura é bisavó da índia recém-nascida em Canarana (Foto: Polícia Civil de MT/Assessoria)

A índia Kutsamin Kamayura, de 57 anos, se tornou ré no processo após Justiça de Mato Grosso acatar a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE) contra ela. De acordo com o órgão, a indígena teria planejado a morte a bisneta, e enterrado a recém-nascida viva, logo após o parto, no dia 5 de junho, em Canarana, a 838 km de Cuiabá.

 

Kutsamin foi presa no dia 6 de junho, e as investigações apontam que o crime foi premeditado, uma vez que, tanto ela, quando a filha dela, a avó da criança, não queriam que a mãe do bebê, uma adolescente de 15 anos, fosse mãe solteira.

 

A indígena está presa em uma unidade da Fundação Nacional do Índio (Funai) em Gaúcha do Norte, a 595 km da capital. Ela foi transferida depois que a Justiça acatou um pedido de prisão especial feito pela defesa dela, na segunda-feira (12).

 

Na denúncia, o MPE pontuou que, após auxiliar no parto da neta, de 15 anos, a bisavó cortou o cordão umbilical, enrolou a vítima em um pano e a enterrou no quintal, numa cova de aproximadamente 50 centímetros.

 

A recém-nascida foi resgatada por policiais militares e civis por meio uma denúncia anônima. A bebê ficou enterrada por cerca de 6 horas.

 

Ao ser socorrida, ela foi encaminhada para o hospital municipal de Canarana e transferida para o Hospital Regional de Água Boa, na mesma noite.

 

No dia 6 de junho, a recém-nascida levada para a Santa Casa de Misericórdia em Cuiabá, onde permanece internada na UTI.

 

Transferência da avó

O juiz, Darwin de Souza Pontes, da 1ª Vara Criminal e Cível de Canarana, também concedeu prisão especial a Tapoalu Kamayura, de 33 anos e ela deve ser transferida para uma unidade da Funai.

 

A prisão preventiva dela foi decretada no dia 8 de junho, após testemunhas relatarem que avó também não desejava o nascimento da criança e, inclusive, teria ministrados chás abortivos para a filha, a adolescente mãe do bebê.

 

A Polícia Civil continua investigando o caso.

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