Manifestantes cobram duplicação da BR 163 em MT

Integrantes de entidades e clubes sociais de Lucas do Rio Verde fizeram um manifesto na manhã deste sábado na praça de pedágio localizada no km 665 da BR 163. O grupo ocupou as cabines impedindo o tráfego de veículos deixando apenas a cabine de cobrança automática e saída de emergência. O manifesto teve uma hora de duração, o que provocou filas gigantescas nos dois sentidos da praça de pedário.

Com faixas, os manifestantes cobraram a duplicação da rodovia, objeto central da concessão da rodovia feita pelo Governo Federal. Principal via de integração do Estado, a BR 163 é a via de escoamento da produção agrícola de Mato Grosso, estado que lidera a produção de grãos no país, fazendo com que veículos de passageiros dividama rodovia com caminhões e carregadas, fluxo que aumenta consideravelmente nos períodos de safra. Justamente por esse motivo, o número de acidentes com vítimas fatais tem trazido preocupação para as entidades, que decidiram fazer o manifesto. Conforme apurado pelas entidades, em dois anos, mais de 200 pessoas morreram vítimas de acidente. Só na última quarta-feira, três moradores de Lucas do Rio Verde perderam suas vidas em trechos distintos da BR 163.

Uma viatura da Polícia Rodoviária Federal esteve no local. Os agentes conversaram com os manifestantes expondo a preocupação com a interrupção do tráfego, já que a cabine de cobrança automática foi bloqueada para usuários da rodovia que não possuem o cartão que libera a cancela automaticamente. Mesmo com o bloqueio, alguns condutores forçaram o dispositivo para seguir viagem. 

Por volta das 9 horas, a praça foi liberada e os veículos uitlizados para o bloqueio do acesso ás cabines retirados do local.

Condutores que trafegavam pela BR 163 apoiaram o manifesto, apesar do pequeno atraso que o bloqueio das cabines de cobrança manual provocou na sequencia de suas viagens. O fretista Mário, que reside em Colíder e estava retornando de viagem para o interior de São Paulo, disse que o valor pago em pedágios é muito caro pelos poucos benefícios oferecidos pela empresa concessionária. Ele critica a falta de acostamento na rodovia e o número de buracos na pista, especialmente no trecho entre Lucas do Rio Verde e Posto Gil, apontado pelos motoristas como o que está mais precário em termos de manutenção. "É necessário fazer alguma coisa", apoiou.