Mato Grosso, 19 de Abril de 2024
Esportes

Maratona de Londres tem dobradinha do Quênia e frustração na busca por recordes

22.04.2018
09:03
FONTE: Globo Esporte

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  • Vivian Cheruiyot

    Vivian Cheruiyot, do Quênia, foi a vencedora da Maratona de Londres no feminino (Foto: REUTERS/Paul Childs)

O início foi promissor. Tanto no feminino quanto no masculino, os primeiros quilômetros foram cobertos em um ritmo forte, com tempos abaixo das parciais dos recordistas mundiais de ambos os gêneros. Mas o calor - foi a edição mais quente de todas, com 23,2ºC - e o desgaste pesaram, e a expectativa por marcas históricas foi frustrada. Luta contra o cronômetro à parte, melhor para os quenianos Eliud Kipchoge e Vivian Cheruiyot, campeões da edição de 2018 da Maratona de Londres.

 

Campeão olímpico da distância, Kipchoge era franco favorito. Liderou desde o princípio e confirmou o tricampeonato do evento em 2h04m17. O etíope Tola Kitata terminou em segundo, enquanto Mo Farah completou o pódio. No feminino, Cheruiyot teve sucesso ao adotar uma estratégia oposta a das favoritas Mary Keitany (quinta) e Tirunesh Dibaba (abandonou). Ao aumentar o ritmo na segunda metade, assumiu a liderança no fim e cravou a melhor marca da vida (2h18m31) e a sexta melhor de todos os tempos.

 

Largada real e início impressionante

A largada da elite masculina e dos amadores contou com a luxuosa participaçao da Rainha Elizabeth II, que apertou o botão de "start" em um púlpito especialmente montado no Castelo de Windsor. A monarca assistiu aos primeiros minutos da prova através de um monitor. Nele pode ver um início de prova muito agressivo.

 

A disputa masculina contou com coelhos e impressionou pelo pace muito forte nos primeiros cinco quilômetros. Estreante na condição de maratonista, Mo Farah parecia lutar para se manter no bolo dos africanos e gastou energia reclamando por não encontrar sua garrafa par reposição de líquidos. Fechou os primeiros cinco quilômetros em nono, enquanto o etíope Guye Adola liderava. Favorito, o queniano Eliud Kipchoge já estava na ponta quando ultrapassou a marca dos 10km. Ele manteria a posição até a linha de chegada.

 

Kitata, tido como azarão, foi o único a acompanhá-lo até a parte final da prova, por volta do km 39. Dali em diante Kipchoge correu sozinho pelo percurso londrino. Mo Farah, apesar da expressão exausta desde o terço final do percurso, resistiu firme e conquistou seu lugar no pódio. Além disso, estabeleceu o novo recorde britânico do evento, com 2h06m21.

 

Com estratégia oposta a de favoritas, Cheruiyot vence no feminino

Os técnicos pediram, a organização atendeu, e o uso de coelhos inicialmente pareceu empurrar as favoritas rumo ao recorde de Paula Radcliffe. Por volta do km 10, Keitany e Dibaba, as únicas no primeiro pelotão, estavam 29 segundos mais rápidas do que a parcial da britânica em 2003.

 

Não muito depois, porém, Dibaba passou a ter dificuldades para acompanhar a rival e foi ficando para trás. Keitany seguiu no ritimo forte até o km 20, quando também começou a se distanciar dos coelhos. Sem nenhuma adversária para ameaçá-la, foi reduzindo o passo para compensar o cansaço e o calor. Na faixa do km29, Dibaba, que estava isolada na segunda colocação, parou. Tentou algumas vezes retomar a corrida, mas não conseguiu e abandonou.

 

Na faixa do km37, veio a surpresa. Keitany também pagou o preço por forçar demais no início. A queniana Vivian Cheruiyot, que na Rio 2016 foi ouro e prata nos 5.000m e 10.000m, respectivamente, assumiu a liderança. Com uma estratégia oposta a das favoritas, Cheruiyot foi paciente e só aumentou o ritmo na segunda metade do percurso. Não chegou perto do recorde de Radcliffe, mas fez bonito. Cravou 2h18m31, a melhor marca da vida e a sexta melhor de todos os tempos na prova. A também queniana Brigid Kosgei terminou em segundo (2h20m13), e a etíope Tadelech Beleke ficou em terceiro (2h21s13).

 

Disputa acirrada só no paralímpico

Se entre os atletas olímpicos os favoritos se destacaram desde o princípio, os cadeirantes progagonizaram uma chegada emocionante. Três atletas chegaram à reta final disputando a dianteira. O britânico David Weir arrancou da terceira para a primeira posição no último sprint e garantiu a festa para a torcida da casa. Este foi o oitavo título dele no evento.

 

- O final foi mais duro do que no ano passado. Mental e fisicamente eu me senti melhor assim. Eu só estava focando, havia muitos caras muito fortes hoje e foi realmente difícil. Estou realmente feliz este ano – disse Weir.

 

No feminino, cinco atletas se mantiveram no pelotão até as proximidades do Palácio de Buckingham. E, na reta final, a australiana Madison De Rozario disparou para cruzar em primeiro lugar com 1h42m58, deixando para trás a favorita, a americana Tatiana McFadden.

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