Médicos param para cobrar salários atrasados e melhores condições de trabalho em MT e cirurgias são suspensas

Os médicos do Hospital Regional de Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá, paralisaram as atividades nesta terça-feira (24), para cobrar o pagamento de salários atrasados e melhores condições de trabalho.

Segundo o corpo clínico do hospital, estão sendo feitos apenas atendimentos de urgência com risco de morte.

A unidade de saúde atende 19 municípios da região sudeste de Mato Grosso e é referência em traumatologia e outras especialidades.

Os médicos não quiseram dar entrevista porque têm medo de retaliação, mas disseram que o último pagamento que receberam foi metade do salário de janeiro.

O hospital é administrado pelo Instituto Gerir, que é uma organização social.

Em nota, a diretoria do Gerir confirmou que os atendimentos de urgência e emergência estão sendo feitos normalmente e apenas as cirurgias eletivas e o atendimento ambulatorial foram afetados. Informou e que os pagamentos serão regularizados parcialmente esta semana, de acordo com cronograma de repasses realizados pela Secretaria Estadual de Saúde.

Os procedimentos que estão agendados devem ser reagendados pela Central de Regulação.

Já a Secretaria Estadual de Saúde informou que acompanha a paralisação e que alguns entraves entre o Instituto Gerir e médicos atrapalharam a prorrogação dos contratos. Afirmou que alguns não aceitaram o contrato oferecido e já foram substituídos por outros profissionais e que até o fim desta semana a situação estará regularizada e o atendimento voltará à normalidade.

A SES alegou ainda que está repassando regularmente os valores ao Hospital Regional de Rondonópolis.

De acordo com a pasta, o contrato entre o Instituto Gerir e o estado está sendo prorrogado até o final do chamamento público para contratar a organização social que vai administrar o hospital, o que deve sair no próximo dia 22.