Mato Grosso, 23 de Abril de 2024
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Motoristas da Uber protestam em Cuiabá e desligam aplicativo por 24 horas

22.08.2017
15:20
FONTE: G1

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    Em carreata, motoristas passaram pelas avenidas Miguel Sutil e Isaac Póvoas, em Cuiabá (Foto: Leticia Hermann/Arquivo pessoal)

Motoristas da Uber que atuam em Cuiabá estão com os aplicativos desligados desde a meia-noite desta terça-feira (22), em protesto pela redução da tarifa cobrada pela empresa e por uma política mais rígida no cadastro dos usuários do aplicativo. Eles solicitam, ainda, uma reunião com os representantes da empresa e afirmam que irão manter os aplicativos desligados até à meia-noite de quarta-feira (23).

 

Pela manhã, motoristas que atendem pelo aplicativo se reuniram em frente ao ginásio Aecim Tocantins, no Bairro Verdão. Em seguida, saíram em carreata pelas avenidas Miguel Sutil e Isaac Póvoas até a Rua Miranda Reis. Eles ainda fizeram um “buzinaço” em frente a um hotel onde funciona o escritório da Uber, na capital.

 

Segundo uma das organizadoras do evento, a estudante Letícia Hermann, de 22 anos, cerca de 100 motoristas participaram desse protesto e uma nova manifestação deve acontecer nos próximos dias.

 

Leticia alega que a tarifa de 25% cobrado pela empresa sobre cada corrida feita é alta e que as tarifas cobradas por quilômetro rodado deveriam ser iguais em Cuiabá e Várzea Grande, região metropolitana da capital. Atualmente, na capital o valor cobrado é de R$ 1,20 por quilômetro e, em Várzea Grande, é de R$ 1,05/km.

 

“Com o aumento do combustível e essa tarifa, estamos praticamente pagando para trabalhar. Eles prometeram aumentar as taxas de acordo com o preço do combustível, mas isso não ocorreu. Pelo contrário, estão apenas diminuindo”, afirmou.

 

Letícia afirma que faz, em média, 10 corridas por dia, ao custo médio de R$ 10 cada uma. No entanto, com as taxas cobradas, o trabalho não está compensando.

 

“Os valores não cobram manutenção do veículo, combustível, o que tem que ser oferecido ao cliente. A empresa vende uma imagem, mas não dá apoio aos motoristas. Tem motorista que comprou carro acreditando no sonho da Uber, mas que hoje não consegue pagar a parcela”, afirmou.

 

Os motoristas pedem pela redução da tarifa cobrada pela empresa para 15%. Além disso, reclamam da falta de segurança pelos poucos dados solicitados a quem deseja ser usuário do aplicativo.

 

“Hoje, qualquer um com um e-mail e um telefone faz o cadastro. Mas a gente precisa colocar até foto no nosso aplicativo. Eu sou mulher, por exemplo, e trabalho à noite. Às vezes, pego alguém em Cuiabá para levar em um bairro afastado lá em Várzea Grande, e não sei quem é o meu cliente”, disse.

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