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O peso argentino sofreu uma forte desvalorização nesta segunda-feira (12), após a derrota de Mauricio Macri nas eleições primárias na Argentina e a perspectiva de que o atual presidente não conseguirá se reeleger nas eleições de outubro.
Na abertura do mercado de câmbio, o peso argentino despencava 14% em relação ao dólar. Na mínima até o momento, despencou 30,3% , para o recorde de 65 por dólar, segundo a Reuters.
Por volta das 11h30, a queda era de cerca de 25%.
Em um dia de nervosismo nos mercados, a moeda dos Estados Unidos era negociada a 53 pesos na abertura das casas de câmbio, ante 46,55 pesos no fechamento da última sexta-feira.
A tensão com o futuro econômico do país também fez com o que o índice Merval despencasse 30% nesta segunda-feira.
Com a piora do mercado, o Banco Central da Argentina subiu a Letras de Liquidez (Leliq) - que serve de referência para política monetária do país - 10 pontos percentuais, para 74%, segundo operadores consultados pela Reuters.
O peronista de centro-esquerda Alberto Fernández obteve ampla vantagem sobre o presidente liberal Mauricio Macri nas eleições primárias para a presidência do país. Com 99,37% das urnas apuradas, Alberto Fernández, que tem Cristina Kirchner como vice, teve 47,66% dos votos, e Macri 32,08%. Roberto Lavagna aparece em 3º lugar com 8,23% dos votos.
"A diferença do resultado foi muito maior do que podíamos supor. Pelos números da economia, era mais provável que a oposição ganhasse, mas havia outros aspetos que beneficiavam o governo como transparência e combate à corrupção, mas isso não aconteceu", explicou à RFI a Mariel Fornoni, diretora da Management & Fit, empresa especializada em opinião pública.
"Esta segunda-feira será um dia muito complicado nos mercados. O grande risco é que haja uma forte corrida cambial durante este período eleitoral", avaliou o analista político Sergio Berensztein.
A Argentina está em recessão com inflação de mais de 55% depois de mais mais de três anos de políticas de Macri. Entretanto, os investidores veem a dupla Fernández/Kirchner como uma perspectiva mais arriscada do que o pró-mercado Macri devido às políticas intervencionistas prévias da oposição.
"Cristina Kirchner governou entre 2007 e 2015 e adotou um modelo econômico que praticamente afundou a economia para a crise que ainda se encontra, nacionalizando empresas, manipulando dados oficiais e provocando repulsa aos investidores", destacou a Rico Investimentos em relatório a clientes.
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