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Cerca de 3 milhões de empregos diretos e indiretos foram gerados no país em 2017 pela atuação das empresas Fomento Comercial. Esta é a constatação da Associação Nacional de Fomento Comercial (ANFAC) ao analisar os números movimentados pelo setor no ano passado.
Segundo o presidente da ANFAC, Luiz Lemos Leite, cerca de R$ 300 bilhões foram movimentados pelas empresas do Fomento Comercial que atenderam 200 mil empresas clientes, entre micro, pequenas médias empresas. “Desde o inicio do processo de impeachment da presidente Dilma Roussef o mercado enfrentou incertezas e dificuldades, os bancos para preservar o capital de terceiros endureceram as regras para a concessão de crédito diante do risco sistêmico e quem ocupou esse espaço dando suporte a cadeia produtiva do Brasil foram as factorings”, argumenta.
Para o presidente, que tem mais de 36 anos de experiência no fomento comercial e outros 31 de atuação em banco público, a função sócio econômica das empresas de fomento comercial foi extremamente relevante para a assistência do mercado e manutenção dos empregos nos períodos difíceis.
Luiz Lemos Leite esteve em Cuiabá sexta-feira (20) para abrir o curso “Prevenção à lavagem de dinheiro” promovido pela ANFAC em parceria com o Sindicato das Empresas de Factoring do Estado de Mato Grosso (SINFAC-MT).
A palestra ficou a cargo do advogado e consultor jurídico da ANFAC, José Luís Dias da Silva. “É um treinamento obrigatório para quem atua no setor, conforme Resolução 21 do Conselho de Controle de Atividades Financeiras, o COAF”, explicou.
“A Resolução 21 tem por objetivo estabelecer normas gerais de prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo, sujeitando-se ao seu cumprimento as empresas de fomento comercial, em qualquer de suas modalidades, inclusive a securitização de ativos, títulos ou recebíveis mobiliários e gestoras afins”, define.
A presidente do SINFAC-MT, Patrícia Neves, aponta que atualmente em Mato Grosso existem 100 empresas do fomento comercial atuando, porém apenas 19 são sindicalizadas e com o advento da reforma trabalhista as empresas ficaram desobrigadas da contribuição sindical, o que reduziu a arrecadação, porém mesmo com as dificuldades, o sindicato vem fazendo o seu papel de orientação às empresas de factoring.
“Este curso é mais uma ação voltada para instruir os nossos empresários sobre direitos e deveres de quem atua no setor. Não somos órgãos reguladores e nem fiscalizadores, quando necessário damos o suporte jurídico e contábil” aponta Patrícia.
A presidente lembra que o setor é o segundo segmento com a mais alta carga tributária no país e que colabora com a economia nacional. “Levantamento do capital social das 19 filiadas em Mato Grosso demostra que em 2016 foram movimentados R$ 155 milhões pelo setor no Estado.”
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