Mato Grosso, 28 de Março de 2024
Economia / Agronegócio

Presidente do BNDES enfatiza necessidade de reformas estruturais para retomada do crescimento

24.04.2017
14:23
FONTE: G1

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    A presidente do Banco Nacional (BNDES), Maria Silvia Bastos, em evento no Rio nesta segunda-feira (24) (Foto: Daniel Silveira/G1)

A presidente do Banco Nacional (BNDES), Maria Silvia Bastos, defendeu nesta segunda-feira (24) as reformas estruturais da economia brasileira e enfatizou que o país tem que investir em infraestrutura, gestão e produtividade para voltar a crescer.

 

“Essas reformas precisam acontecer. A reforma da previdência, por exemplo, o teto de gastos não sobrevive sem ela e a reforma trabalhista é crucial para a retomada dos empregos”, afirmou a executiva.

 

Maria Silvia foi convidada a falar sobre o papel do banco público de fomento no seminário intitulado “O Fim da Recessão”, promovido nesta manhã pelo Comitê de Cooperação Empresarial da Fundação Getúlio Vargas, em parceria com a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).

 

Ao abrir o seu discurso, a presidente do BNDES ponderou que talvez seja cedo para afirmar que o Brasil já superou a crise econômica. “Eu não seria tão otimista em dizer que a recessão já acabou, até porque eu tenho receio já que no Brasil nós olhamos muito para o curto prazo”, disse.

 

Maria Silvia destacou, no entanto, que há “realmente sinais consistentes de retomada [do crescimento econômico], mas a gente precisa fazer as reformas estruturais”, reiterou.

 

Depois da palestra, ao conversar com os jornalistas, ela enfatizou que “o ambiente ao melhorar não significa que possa prescindir dessas reformas, muito pelo contrário. Já fizemos isso no passado”.

 

A executiva ressaltou que a aprovação da terceirização trabalhista foi um passo importante, mas defendeu que seja feita uma reforma ampla na área trabalhista. “Hoje a legislação trabalhista é inflexível, ela é contra a geração de empregos”, disse.

 

Agenda econômica

Maria Silvia avaliou que para voltar a crescer o Brasil precisa investir fortemente em infraestrutura, gestão e produtividade. Para ela, a falta de foco neste tripé fez com que o país andasse para trás. Ela mencionou o setor de petróleo como exemplo da perda de oportunidade.

 

“Nós andamos muito para trás, não somente na indústria do petróleo. Nós perdemos um momento excepcional dos 100 dólares do barril [do petróleo] que eu acho que não volta mais. O país ficou mais pobre por não ter aproveitado essa riqueza”, disse.

 

Na área de infraestrutura, ela destacou que o Brasil investiu nos últimos anos 2,5% de seu PIB, enquanto a média de investimento mundial na área foi de 3,4% e de potências como a China na ordem de 8,5%.

 

A executiva lembrou que com o objetivo de fortalecer esta agenda, o BNDES alterou sua política de crédito. Até o ano passado, os incentivos do banco eram setoriais e agora passaram a ser por projetos que têm impacto positivo na sociedade e na economia do país.

 

Dentro do cronograma de concessões do banco até 2018 focados em infraestrutura, Maria Silvia destacou que há dois projetos de geração e distribuição de energia solar. “São dois projetos grandes, acima de R$ 400 milhões cada um deles”, adiantou.

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