Mato Grosso, 20 de Abril de 2024
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Presidente do Cruzeiro depõe na PF e pode passar a ser investigado na Operação Escobar

18.06.2019
11:40
FONTE: Globo Esportes

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  • Presidente do Cruzeiro, Wagner Pires de Sá, presta depoimento na sede da PF em Belo Horizonte nesta terça-feira — Foto: Vinnicius Silva

O presidente do Cruzeiro, Wagner Pires de Sá, prestou depoimento na sede da Polícia Federal (PF), no bairro Gutierrez, na Região Oeste de Belo Horizonte, na manhã desta terça-feira.

 

Ele foi intimado pela corporação para prestar esclarecimentos na condição de suspeito na Operação Escobar, que investiga vazamentos de documentos sigilosos da PF. Ele pode passar a ser investigado.

 

A polícia investiga contratos de honorários advocatícios com os advogados Carlos Alberto Arges Júnior e Ildeu da Cunha Pereira, presos no dia 5 de junho. A PF suspeita de lavagem de dinheiro e desvio do dinheiro para outros dirigentes do clube mineiro.

 

Após quase duas horas de depoimento na sede da PF, na saída, por volta das 11h40, o presidente do Cruzeiro foi questionado pela reportagem da TV Globo se o clube mantinha algum tipo de contrato com os advogados presos na Operação Escobar.

 

"O Cruzeiro tem contrato com mais de mil advogados", respondeu Wagner Pires de Sá.

 

Operação Escobar

 

A operação Escobar é um desdobramento da Capitu, quando Ildeu da Cunha Pereira e outras 15 pessoas foram presas em investigação em suposto esquema de corrupção no Ministério da Agricultura durante o governo da presidente Dilma Rousseff (PT).

 

Na época, o então vice-governador de Minas Gerais, Antonio Andrade (MDB), e o empresário Joesley Batista, dono da JBS, estavam entre os detidos. De acordo com a Polícia Federal, as investigações começaram depois que documentos da Operação Capitu foram encontrados na casa de Andrea Neves, irmã do deputado federal Aécio Neves (PSDB), em dezembro de 2018.

 

Após os documentos terem sido encontrados na na casa dela, a PF constatou vazamento de informações sobre outras operações. Os advogados teriam acesso privilegiado às informações e as usavam para oferecer aos clientes facilidades ilegais. Segundo nota da Polícia Federal, “tal atitude não só prejudicou diversas investigações como coloca em risco a segurança dos policiais envolvidos nos trabalhos”.

 

Sete mandados de busca e apreensão foram cumpridos nos escritórios dos advogados investigados. Arges, Ildeu e um servidor da Polícia Federal tiveram prisão preventiva decretada. Um outro servidor teve prisão temporária decretada.

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