De costas dentro da área, Ramiro viu a bola se aproximar em um lançamento longo. Longe de ter o porte físico como vantagem contra os zagueiros, foi inteligente: desviou de calcanhar para fazer o gol da vitória por 1 a 0 sobre o Passo Fundo, no último domingo. O golaço exemplifica algo confirmado pelo meio-campista gremista: vive desde o fim do ano passado o melhor momento de sua carreira, algo inimaginável meses antes, quando a torcida o vaiava a cada toque na bola.
A presença de Renato Portaluppi parece reacender uma faísca em Ramiro. A boa relação de ambos remonta a 2013, na segunda passagem do técnico no comando do Tricolor. À época, o volante passou a ser titular e também manteve um bom momento. Na reta final de 2016, a história se repetiu, com golaço decisivo contra o Palmeiras, nas quartas da Copa do Brasil.
– Quando ele (Renato) assumiu o Grêmio, teve uma conversa bem franca com a gente. Que a gente estava em um momento psicológico um pouco balançado. Ele falou: "vocês estão no Grêmio, clube de primeira divisão, um dos maiores do Brasil. Se não fossem bons, não estavam aqui". Um papo reto, direto, olhando no olho. E dando moral. É o que todo jogador precisa ouvir quando vai para campo – explica Ramiro em entrevista ao GloboEsporte.com.
Descontraído, o meio-campista recebeu a RBS TV e o GloboEsporte.com em seu apartamento, na zona norte de Porto Alegre. Lá está morando também o zagueiro e amigo Bressan, enquanto procura local definitivo na capital gaúcha. O volante também falou sobre a Libertadores, o período de recuperação das lesões – foram duas no joelho e uma no tornozelo entre 2015 e 2016 – e as cobranças da torcida.
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