Mato Grosso, 24 de Abril de 2024
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Relatório diz que juíza aposentada usa seguranças em eventos particulares e TJMT manda suspender escolta

22.05.2018
10:56
FONTE: G1 MT

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  • Selma ARRUDA

    Juíza aposentada Selma Arruda, estava à frente da Vara Contra o Crime Organizada (Foto: Lislaine dos Anjos/G1)

A Comissão de Segurança do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) determinou a suspensão da escolta policial da juíza aposentada Selma Arruda, cedida pelo governo. A decisão do presidente da comissão, desembargador Carlos Alberto Alves da Rocha, se baseia em um relatório que apontou o uso dos seguranças em eventos particulares.

 

Em nota, a juíza aposentada diz que deve recorrer da determinação.

 

Selma havia solicitado a manutenção da escolta policial sob a alegação de receber ameaças de membros de uma facção criminosa.

 

No pedido, ela alega que em março deste ano foi abordada por uma pessoa ligada a uma facção. Na ocasião, essa pessoa teria feito várias observações sobre a segurança dela.

 

O pedido da juíza aposentado foi colocado sob a avaliação da Comissão de Segurança de Magistrados do TJMT.

 

Segundo o órgão, um parecer concluiu pela retirada gradativa da segurança de Selma no prazo dos próximos seis meses.

 

Um relatório de Inteligência apontou que, “no atual momento não existem ameaças reais identificadas contra a vida da magistrada e de sua família”, mas que a situação de perigo pode se alterar a qualquer momento.

 

Nos últimos seis meses, segundo o relatório, não foram comprovadas as ameaças e o nível de ameaça diminuiu de 76 para 63, passando de nível médio para baixo.

 

“Portanto, não estando mais desempenhando suas funções de magistrada e não sendo detectado o efetivo risco para a segurança dela e de sua família, entendemos que a escolta pessoal deve ser desmobilizada”.

 

O mesmo relatório também apontou falhas no protocolo de segurança. Para ter a segurança, o magistrado deve seguir normas como:

  • não frequentar bares, danceterias, restaurantes, hotéis, estádios de futebol, shoppings ou locais de grande presença de público;
  • comparecer a eventos sociais;
  • contatar empresas de comunicação de massa;
  • manter ou criar perfis em redes sociais;
  • viajar para fora do município que reside;

 

Na determinação, a comissão aponta o uso da escolta em eventos políticos e compromissos particulares e determinou a suspensão da guarda no prazo de 48 horas.

 

Rotina com seguranças

Antes de deixar a magistratura, Selma relatou ao G1 como era a rotina com os seguranças. À época, ele era vigiada por nove policiais militares, que se revezam em plantões.

 

Selma atuava na Vara Contra o Crime Organizado e foi responsável pelas prisões de políticos, entre eles o ex-governador de Mato Grosso Silval Barbosa (MDB), o ex-deputado José Riva e de empresários.

 

Por causa da notoriedade, Selma foi comparada ao juiz federal do Paraná, Sérgio Moro.

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