Mato Grosso, 25 de Abril de 2024
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Sampaoli abre o jogo e fala de demora por reforços, Bruno Henrique, Victor Ferraz e novo goleiro

14.01.2019
00:25
FONTE: G1

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    Jorge Sampaoli estreou pelo Santos contra o Corinthians — Foto: Marcos Ribolli

O técnico do Santos, Jorge Sampaoli, admitiu neste domingo, após empate em 1 a 1 com o Corinthians, em Itaquera, estar incomodado com a demora da diretoria na contratação de reforços. Até o momento, o Santos contratou apenas o meia-atacante venezuelano Yeferson Soteldo, do Huachipato, do Chile.

 

No sábado, Martín Liberman, um dos jornalistas esportivos mais influentes na Argentina, informou no Twitter que Sampaoli está avaliando seu futuro, insatisfeito com a demora na contratação de reforços e que buscaria uma reunião nesta segunda com a diretoria e seu representante, informação negada pelo presidente José Carlos Peres. Questionado sobre isso, Sampaoli disse em entrevista coletiva:

 

– A expectativa foi expressada ao presidente, e ele está em busca de chegar aos nossos pedidos. Trabalhamos nisso e que a curto prazo possamos cumprir os objetivos, e o Santos tenha a chance de competir com clubes de elencos já formados. Queremos que o que pedimos em curto prazo se concretize. Que isso ocorra pronto e que tenhamos o que o Santos merece.

 

– Sempre digo que, quando vim para cá, cheguei para um clube grande. Na Argentina, Espanha ou no Chile, eu via o Santos como grande. Não posso ver como pequeno. Se não posso estabelecer o que sinto, tenho que expressar o que realmente vejo. Todas as conversas com presidente e direção é para isso, exigindo a todos que estamos num clube grande e há que respeitar – completou Sampaoli.

 

Sampaoli confirmou que espera a contratação de um novo goleiro. Ele elogiou muito Vanderlei, principalmente por defesa em cabeçada de Gustavo quando o jogo estava 1 a 0 para o Corinthians, e disse que o treinará para isso, mas ressaltou que precisa ter um goleiro que saiba jogar com os pés. Campaña, do Independiente, e Everson, do Ceará, são os goleiros especulados no Santos.

 

– Pelo estilo que temos, precisamos de alguém que jogue bem com os pés. (Com relação ao) Vanderlei, nós não analisamos com os pés porque ele não fez isso nos últimos anos. Temos que somar trabalho para que ele jogue com os pés. Não sabemos quanto vai demorar (para que Vanderlei aprenda a jogar com os pés). Precisamos ter alternativa com Vladimir ou outro que chegue. Não há muito tempo pelo número de jogos. Precisamos de realidade concretas urgentemente. O jogo de hoje (domingo) passou muito pelo pé do Vanderlei. Vimos um Vanderlei fazendo muitos passes com os pés, e isso nos abre a possibilidade de saber que esse grande goleiro que é embaixo do gol também vai ser fora do gol.

 

Outro assunto forte na coletiva de Sampaoli foi o risco de perder Bruno Henrique. O atacante está na mira do Flamengo.

 

– O futebol se converteu num grande negócio. Estão todo o tempo tentando fazer jogadores sair do clube para ganhar dinheiro. Se perde a essência de sentir pelo escudo, pela camisa. Se ele quiser ir, dependerá do clube. Eu gostaria de tê-lo, porque é um jogador que daria qualidade que estamos reclamando que tem de ter o jogador que coloque a camisa do Santos. Já te digo: não pode ser qualquer um que põe a camisa do Santos.

 

Análise do jogo e possibilidade de saída

– A análise da partida, com 10 dias de preparação, é de tentativa de protagonizar. O Santos dominou o jogo, teve mais posse e se defendeu com a posse. Poderia ter ganhado e acho que foi superior, mesmo com pouco tempo. Equipe teve convicção no jogo coletivo.

 

– Sobre a insatisfação, eu, quando vim, vim para uma equipe com história, que me motivou a vir e temos que estar à altura da história de Pelé e Neymar, com equipes grandes, que proponham. A expectativa foi expressada ao presidente, e ele está em busca de chegar aos nossos pedidos. Trabalhamos nisso e que a curto prazo possamos cumprir os objetivos, e o Santos tenha a chance de competir com clubes de elencos já formados. Queremos que o que pedimos em curto prazo se concretize. Que isso ocorra pronto e que tenhamos o que o Santos merece.

 

Vanderlei

– Pelo estilo que temos, precisamos de alguém que jogue bem com os pés. (Com relação ao) Vanderlei, nós não analisamos com os pés porque ele não fez isso nos últimos anos. Temos que somar trabalho para que ele jogue com os pés. Não sabemos quanto vai demorar (para que Vanderlei aprenda a jogar com os pés). Precisamos ter alternativa com Vladimir ou outro que chegue. Não há muito tempo pelo número de jogos. Precisamos de realidade concretas urgentemente. O jogo passou muito pelo pé do Vanderlei hoje.

 

Posse de bola de 70%

– Sobre a posse de bola, o Brasil é um dos melhores do mundo no futebol e me agrada a ideia de defender com a posse, e não correr com a bola. Que a torcida tenha a expectativa de ver o Santos com a bola em qualquer campo. Equipes grandes utilizam esse conceito.

 

Sobre atraso na montagem do elenco

– São 10 dias de trabalho e estamos introduzindo ideias novas. Temos que analisar profundamente o que temos para ver e pensar o que o time precisa de quem vem. O tempo é escaço, mas é o que temos e há que assumir. Não é desculpa. Vim para um clube que me ilusiona para tratar de estar à altura. Tomara que possamos fazer algo que realmente empolgue a torcida.

 

Relacionamento com a diretoria

– A relação é contínua com a diretoria. Estou exigindo durante todo o tempo para que nos deem a possibilidade do que o time precisa. Teremos outra análise depois desse jogo. Temos o Paulista na próxima semana e há muito pouco tempo de trabalho. Que esse bom desempenho gere alterações rápidas. Seria bom que cheguem alguns jogadores que nos deem qualidade e "jerarquia" (algo como protagonismo, peso ou imposição) para um time ainda mais competitivo.

 

Estilo de comando

– Minha característica como técnico, há muito tempo, é de paixão e sentir jogo do banco, com muito respeito aos árbitros e às vezes saio um pouco da área técnica.

 

Ausência no almoço de confraternização

– Tive dor de cabeça e preferi não ir para descansar até o jogo.

 

Bruno Henrique

– O futebol se converteu num grande negócio. Estão todo o tempo tentando fazer jogadores sair do clube para ganhar dinheiro. Se perde a essência de sentir pelo escudo, pela camisa. Se ele quiser ir, dependerá do clube. Eu queria que ele ficasse, nos daria a qualidade que reclamamos sobre a qualidade que a camisa do Santos merece. A camisa do Santos não pode ser colocada por qualquer um.

 

Victor Ferraz

Victor Ferraz teve ofertas, do Boca Juniors... e preferi que ficasse, porque pode contribuir muito dentro e fora do campo.

 

Soteldo

Soteldo conheço muito bem, jogou na minha querida La U de Chile, muito vertical, rápido, surpreende por trás, pode jogar nas três posições do ataque, na direita, centro e esquerda. Precisa liberdade para produzir com o nível dele. Tomara que se enquadre bem com o que precisamos, com equipe que domine à outra todo tempo.

 

Pedidos por reforços

– Treinadores nunca estão satisfeitos. Tempo de trabalho é curto, três ou quatro jogos e o treinador acaba. A gente se protege muito. Se eu não estiver à altura, não posso estar, assim como os jogadores. Sempre digo que, quando vim para cá, cheguei para um clube grande, de Argentina, Espanha ou Chile via o Santos como grande. Não posso ver como pequeno. Se não posso estabelecer o que sinto, tenho que expressar o que realmente vejo. Todas as conversas com presidente e direção é para isso, exigindo a todos que estamos num clube grande e há que respeitar.

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