Mato Grosso, 26 de Abril de 2024
Esportes

Santos se apega a histórico na Fifa para receber fatia de eventual venda de Neymar

21.07.2017
14:33
FONTE: G1

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O Santos se apega a histórico da Fifa para receber sua porcentagem de indenização como formador em uma possível transferência de Neymar ao PSG. Existe um debate sobre se o clube teria direito a uma parte do que é previsto pelo mecanismo de solidariedade caso os franceses adquiram o jogador com o pagamento da multa para quebra do contrato com o Barcelona, sem negociação. Há quem entenda que o clube formador só tem direito a indenização caso haja um acordo para a transferência do jogador. Na Vila Belmiro, não há dúvida sobre isso.

 

O clube acompanha de longe a movimentação que pode levar o ex-atacante santista a Paris. Se confirmados os valores recordes especulados – a cláusula de rescisão de Neymar é de € 222 milhões (cerca de R$ 805 milhões) –, o Santos espera receber até R$ 32,2 milhões de indenização.

 

– Mesmo pelo pagamento da rescisão antecipada é devido o valor da solidariedade. Existem decisões recentes da Fifa e do TAS (Tribunal Arbitral do Esporte) que equivalem o pagamento da multa ao de uma transferência negociada – explica o advogado do Santos Cristiano Caús.

 

Um dos casos que embasa o entendimento incluiu quatro clubes, identificados como A, B, C e D – as decisões da Câmara de Resolução de Disputas da Fifa são sigilosas – em que o Clube C pagou € 20 milhões ao D pela rescisão de um jogador, e o Clube A requisitou sua parte como formador. Em abril de 2015, a Câmara determinou o pagamento.

 

O mecanismo de solidariedade distribui 5% do valor de uma transferência de forma proporcional aos clubes que atuaram na formação do jogador entre os 12 e os 23 anos. Neymar deixou a Vila Belmiro em 2013, aos 21 anos.

 

A diretoria santista se mexe para que tenha direito à maior fatia possível. O clube iniciou um trabalho para comprovar que o atacante já defendia a equipe em 2004 e 2005, quando ele tinha 12 e 13 anos – o primeiro registro de Neymar no Santos é de 2006, quando ele completou 14 anos, conforme a legislação brasileira.

 

Os cálculos alvinegros estimam os direitos do Santos entre 3,15% e 4% – os valores variam de R$ 25,3 milhões a R$ 32,2 milhões, na hipótese de o PSG pagar a multa contratual.

 

Em entrevista coletiva concedida nesta sexta-feira, porém, o presidente do Santos, Modesto Roma Júnior, disse que não faz planos para um dinheiro que ele não tem garantido – o PSG e Neymar não se manifestarem sobre a negociação, nem para negá-la.

 

– Não sonho (com o dinheiro). E nem vou sonhar. Dirigente de clube não pode viver de ilusão ou do ovo dentro da galinha.

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