Saúde amplia abrangência da faixa etária da vacinação contra sarampo por prevenção a surto

Todas as crianças que tiverem de seis meses a onze meses de vida deverão ser vacinadas contra sarampo em qualquer unidade de saúde de Lucas do Rio Verde. A medida excepcional de ampliação da abrangência de faixa etária foi recomendada pelo Ministério da Saúde como estratégia para evitar a propagação do surto da doença que vem sendo registrado em algumas regiões do país, principalmente no Nordeste e Sudeste, áreas de frequentes deslocamentos da população.

A supervisora de Vigilância em Saúde, Keli Paludo, destaca que Mato Grosso não registrou nenhum caso de sarampo durante o atual período de manifestação do fenômeno e que as pessoas podem manter a calma ao levarem seus filhos para serem imunizados. “É uma estratégia adotada para proteger essa faixa etária que é justamente a mais suscetível a óbito por sarampo. A partir de agora, como precaução, todas as unidades básicas de saúde do município irão vacinar também as crianças dessa idade”, anuncia. 

Normalmente, a vacina tríplice viral, que imuniza contra sarampo, caxumba e rubéola, costuma ser aplicada quando a criança completa um ano de idade e, posteriormente, ela recebe uma dose de reforço três meses depois. Segundo a profissional de saúde, não se trata de uma nova campanha vacinal e sim de uma ação extemporânea preventiva. “Porém, deixo um alerta aos pais de que a dose extra não excluirá a vacinação rotineiramente feita em crianças de doze meses e quinze meses”, adverte.

A supervisora esclarece que a vacinação contra o sarampo também deve se estender aos adultos de até 49 anos. A doença contagiosa apresenta sintomas semelhantes a um resfriado comum, com o surgimento de manchas na parte interna da boca, erupções cutâneas e febre alta e a doença precisa ser identificada precocemente para evitar a perda de controle. “O sarampo, como qualquer outra doença viral, tem um curso que pode ser benigno, uma evolução benigna e com cura, no entanto, pode ter algumas reações de maior gravidade, como dificuldades respiratórias que podem evoluir para óbito”, explica.