Mato Grosso, 18 de Abril de 2024
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Servidoras do PJ dão exemplo de que adotar é amor

29.05.2017
15:58
FONTE: Coordenadoria de Comunicação do TJMT

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    Adotar é amor (Foto: Reprodução Assessoria)

Na última quinta-feira (25 de maio) foi comemorado o Dia Nacional da Adoção, uma data especial para quatro servidoras da comarca de São José do Rio Claro (a 315km de Cuiabá). Silvana, Lucimeyre, Gilvone e Elizabete são mães adotantes e personagens de histórias inspiradoras. Para encerrar a Semana Estadual da Adoção promovida pela Corregedoria-Geral da Justiça de Mato Grosso, por meio da Comissão Estadual Judiciária de Adoção (Ceja), vamos homenagear essas mulheres movidas pelo amor e pelo desejo de ser mãe.

 

Silvana Alves de Farias Tartari conta que sempre teve no coração a vontade de ser mãe, que já havia passado por dois abortos espontâneos e tinha dificuldade de engravidar em razão de uma endometriose. Apoiada pelo esposo Volnei, optou pela adoção. Ela lembra que ficou sabendo de um bebê entregue no Lar Adotivo, com três meses de idade, pneumonia e desnutrição. “Meu primeiro contanto com o Iure Gabriel foi lindo. Cheguei ao lar e ele estava deitado em uma colcha na varanda. Perguntei ao responsável se poderia pegá-lo no colo. Já com o bebê nos braços, olhei bem para ele e ele fixou o olhar em mim”, relatou Silvana, reconhecendo esse momento como um verdadeiro encontro entre mãe e filho.

 

De acordo com a servidora, concretizar a adoção não foi fácil. As chances eram pequenas, uma vez que o Conselho Tutelar encontrou a família biológica do bebê e os pais tinham interesse em ficar com o menino. O processo tramitou por alguns meses e, no dia 25 de abril de 2014, ela recebeu a guarda provisória do pequeno Iure. “O amor já existia, parecia que eu havia carregado ele na barriga”, salientou Silvana. Hoje, o Gabriel - como é chamado pela mãe – está com 3 anos e 5 meses e constrói uma história de muito amor em família.

 

Esse final feliz teve como “fada madrinha” a juíza da infância e juventude e diretora do Fórum Cristhiane Trombini Puia Baggio. A magistrada revela que é apaixonada pela matéria e sempre atuou na área. “São experiências que levamos para vida toda, de decisões importantes para mim, para as mães, pais e filhos. Quando proferi a sentença da Silvana, não a conhecia, ela me contou depois. Hoje eu digo que o Gabriel nasceu para ser filho dela e que ele é muito feliz e sortudo por isso. Ver o jeito como é cuidado e amado é muito gratificante para mim”, enfatizou.

 

Lucimeyre Agripino de Barro Mariano, de 50 anos, já era mãe do Alexandre quando adotou o Luiz Eduardo, hoje com 14 anos. Para ela, assim a família ficou completa. “O Luiz Eduardo pode não ter nascido do meu ventre, mas nasceu em meu coração”, garantiu. A servidora explica que conheceu o filho mais novo quando ele tinha apenas quatro meses de idade. Nascido de uma familiar distante na cidade de Rosário Oeste, o bebê foi morar com Lucimeyre por ela ter mais condições de criá-lo. Quando o menino completou um ano, houve a primeira tentativa de regularizar a adoção, contudo, a mãe biológica apresentou resistência.

 

Como uma verdadeira mãe, paciente, Lucimeyre aguardou até o filho fazer 12 anos para que ele tivesse a opção de escolha. Assim que o garoto completou essa idade, ela entrou com o processo de adoção. A data da audiência em que recebeu a notícia está marcada para sempre na vida dela. “Foi no dia 17 de março de 2016, em uma audiência cheia de emoção. Ele dizia: você é minha mãe, eu não tenho outra mãe”, orgulhou-se. “No fim, a insegurança e as incertezas ficaram todas para trás. Só de ver aquele sorriso, aquele olhar para você, já compensa todas as lutas travadas e obstáculos que possam surgir pela frente”, defendeu.

 

A juíza responsável na época por proferir a sentença da adoção, Ana Helena Alves Porcel Ronkoski, disse ser uma tarefa emocionante. “A área da infância e juventude é uma das mais difíceis por envolver situações complicadas. Quando temos casos como o da Meyre, em que conseguimos colocar a criança em um lar com tanto amor, sentimos que estamos fazendo a diferença na vida de alguém. Se tem um dia em que o juiz vai para casa com a sensação de missão cumprida, é esse”, afirmou.

 

No caso da Gilvone Lima Fischer, o amor pelo Iago Isaac, 19 anos, surgiu quando ele ainda estava na barriga de outra mulher. Ao ficar sabendo que a grávida desejava entregar o bebê para adoção, entrou com o processo. “Todo o trâmite durou cerca de um ano, mas foi bem tranquilo. Hoje temos uma ótima relação, ele é um filho maravilhoso e meu grande companheiro”, afirma a mãe que está com o garoto desde que ele nasceu.

 

Para Elizabete Palmeira Dresch, o encontro com a Alyne “foi uma história escrita por Deus”. A servidora conta que estava em um salão de beleza quando ouviu que uma senhora passava por necessidade e precisava de ajuda médica. Elizabete se prontificou a ajudar e, ao conhecer a mulher, descobriu que ela estava grávida e pretendia entregar a criança para adoção. Seguindo o instinto de solidariedade, ela ajudou por muitas vezes essa mulher.

 

onforme a proximidade entre as duas aumentava, a grávida ressaltava o desejo de que Elizabete ficasse com o bebê. Mas ela temia que fosse difícil, afinal, já tinha um filho e teria que enfrentar a resistência do marido. “Eu sempre quis uma menina, tinha comprado algumas coisas e dizia que um dia teria uma menina. Mas meu esposo dizia: você quer uma menina e nem sabe qual o sexo desse bebê, espere mais um pouco”, conta a mãe da Alyne. Os meses passaram, o marido concordou e a pequena Alyne chegou ao mundo em 13 de julho de 1991, diretamente para os braços da Elizabete. “Meus filhos são os meus tesouros”, finalizou a mãe, que já é avó de um menino nascido da filha do coração.

 

 

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