Mato Grosso, 26 de Abril de 2024
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Suspenso por doping, Carlos Boi encara boxe amador: "Não posso ficar só treinando"

22.02.2018
08:16
FONTE: G1

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    Carlos Boi, na imagem ao lado de Junior Cigano, negou uso de substância de forma deliberada (Foto: Zeca Azevedo)

Aos 23 anos, Carlos “Boi” Felipe levou uma dura lição da vida em 2017. Pouco antes de sua estreia no UFC, em outubro, acabou flagrado em exame antidoping. Na sequência, o lutador baiano foi suspenso por dois anos e teve o contrato rescindido com o Ultimate. E agora? O primeiro passo nesse período sem poder lutar será dado neste sábado, em sua cidade natal, Feira de Santana (BA). Lá, ele fará uma luta de boxe amador no evento Imperium MMA Pro 13.

 

- Sentei com meu empresário e meu treinador e achamos que não posso ficar acomodado só treinando. A gente acha importante sempre estar competindo em modalidades amadoras, o que é permitido, para tentar chegar perto da adrenalina de lutar MMA. Querendo ou não, ajuda a manter certo ritmo de luta. Não é a mesma coisa, mas ajuda. Inclusive, sempre tive vontade de fazer lutas de boxe - disse o lutador, em entrevista por telefone ao Combate.com.

 

Sem poder usar as artes marciais mistas, Boi está agora dedicado somente à nobre arte. Até então, o lutador estava focado na evolução de seu jiu-jítsu.

 

- Antes (da notícia do doping), estava focando muito na parte de chão, de wrestling, que é onde me sinto menos confortável. Estava tentando melhorar essa parte, mas quando fechou a luta de boxe tive que deixar isso de lado, até por medo de me machucar. O jiu-jítsu e o wrestling machucam muito. Estou há um mês sem treinar jiu-jítsu, já estou até com saudades (risos). Meu primeiro professor de boxe, o Xuxa, voltou e está me ajudando nos treinos. Quando estava treinando para o MMA, fazia saco e treinos mais característicos do boxe com menos frequência, e agora o foco é todo nisso.

 

Carlos Boi também já tem a seu favor o conhecimento do adversário. Yuri Andrei, de 32 anos, lutou MMA e tem um cartel de sete vitórias e 11 derrotas, mas desde 2015 não entra num octógono. Agora, está de volta no boxe amador.

 

- É um cara muito rodado aqui na região nordeste no MMA, já lutou com caras duros como Junior Alpha (ex-UFC). Antes de começar a lutar já assistia às lutas dele. É um cara experiente, duro, mas estou aí com sangue nos olhos - disparou o lutador feirense, que voltará a se apresentar na sua cidade após quase três anos, quando estreou no MMA em casa.

 

- Minha estreia foi em Feira e, depois disso, nunca mais lutei aqui. Fiz outras sete lutas e nenhuma foi aqui, só a primeira. Sempre tive vontade de lutar aqui e não tive essa oportunidade depois, agora vai ser em casa e a torcida será maior. No começo da carreira, muita gente nem sabia que eu lutava, e agora todo mundo na cidade já sabe.

 

E como será estar num evento de MMA e ter que lutar boxe? Carlos Boi acredita que isso não será um problema.

 

- Acho que isso nem vai passar pela cabeça. Sou muito competitivo e foco muito no resultado, seja no MMA ou numa luta de boxe amador. Até em campeonato de jiu-jítsu fico naquele clima de guerra, fico ansioso. Acho que isso é um dos fatores que me levou a ficar competindo nesses esportes amadores, para estar sentindo essa adrenalina direto e não ficar dois anos sem isso.

 

Quanto ao tempo parado, não há remédio. Carlos Boi, aliás, garantiu que a preocupação aumentou com o que ingere. Após alegar contaminação de suplemento, o lutador garantiu que hoje em dia o cuidado é redobrado. Enquanto isso, seguirá treinando, dando aulas em Feira de Santana e competindo em lutas amadoras.

 

- Vou ficar fazendo lutas amadoras de boxe, jiu-jítsu e muay thai, e até jogo de gude estou colando (risos). E com certeza (aumentou a preocupação com o que tomo). Até café com leite já fico meio cismado para tomar.

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