Mato Grosso, 28 de Março de 2024
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Temer admite que economia com reforma da Previdência pode ser menor que R$ 600 bilhões

20.04.2017
16:11
FONTE: Reuters

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O presidente Michel Temer admitiu que a economia com a reforma da Previdência pode ficar abaixo de R$ 600 bilhões depois das mudanças feitas no projeto original do governo, que estimava inicialmente economizar R$ 800 bilhões em 10 anos com a reforma previdenciária.

 

"Se não for R$ 600 bilhões, e eu não vou fixar números, pode ser R$ 580 bilhões. Enfim, há uma grande redução do déficit. A redução inaugural seria de cerca de R$ 800 bilhões. Com os ajustamentos caiu a R$ 600, R$ 580 bilhões, mas sempre uma redução substanciosa, o que significa uma reforma útil da Previdência Social", disse Temer a repórteres ao final de eventos para comemoração pelo dia do diplomata no Palácio do Itamaraty.

 

O projeto de reforma da Previdência enviado pelo governo ao Congresso previa uma economia de R$ 800 bilhões em 10 anos. Depois das mudanças preparadas pelo relator, Arthur de Oliveira Maia (PPS-BA), com aval do Planalto, a equipe econômica falava em R$ 630 bilhões.

 

No entanto, depois disso Oliveira Maia fez mais alterações, algumas -como a redução da idade mínima da mulher trabalhadora rural e do tempo de contribuição dos trabalhadores rurais- sem negociar com o governo.

 

Temer afirmou que os "ajustamentos" e "readequações" são necessários para aprovar a reforma na Câmara e no Senado, e que sempre se soube que o projeto do governo teria que ser negociado com os parlamentares.

 

Desde o início da preparação do projeto, no entanto, o governo defendia que seria preciso fazer a reforma "necessária" e não a "possível", uma maneira de dizer que o governo não pretendia fazer alterações significativas no texto.

 

"Mas a pergunta é: vale a pena reduzir o déficit ou não fazer nada?", disse Temer.

 

O presidente defendeu que a situação agora está "ajustada", mas não quis arriscar um placar para a votação no plenário da Câmara.

 

O presidente também negou que haja um atraso no cronograma. Na quarta-feira, o governo cedeu à pressão da oposição e concordou em adiar a votação na comissão especial da Câmara para o início de maio, depois de ter colocado como objetivo começar a apreciação já na semana que vem.

 

"Não, não atrasou nada. E, olhe, se atrasar e for para benefício da reforma, não há razão para invocar atraso. O que há é razão para dizer 'que bom, houve atraso de uma semana para melhorar a proposta, para fazer algo compatível com que o Congresso deseje e a sociedade brasileira quer'", afirmou.

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