Mato Grosso, 29 de Março de 2024
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Testemunhas de acusação de processo contra Sérgio Cabral relatam pagamentos com depósitos em dinheir

27.03.2017
15:40
FONTE: G1

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Testemunhas de acusação do processo da Operação Lava Jato no Paraná envolvendo o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB-RJ) afirmaram nesta segunda-feira (27) que Cabral, a esposa Adriana Ancelmo e o sócio do ex-governador Carlos Miranda pagaram por compras em lojas, de diferentes setores, com depósitos bancários em dinheiro.

O trio, ao lado de mais quatro pessoas, é acusado de receber propina a partir do contrato da Petrobras com o Consórcio Terraplanagem Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), formado pelas empresas Andrade Gutierrez, Odebrecht e Queiroz Galvão. Eles respondem por crimes como corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Os três estão presos preventivamente.

A força-tarefa da Lava Jato pediu o ressarcimento, em prol da Petrobras, de R$ 2,7 milhões – valor referente à propina paga. O montante ligado ao crime de lavagem de dinheiro chega a R$ 2,6 milhões.

Os depoimentos
A gerente financeira Danielle Rocha Santos foi ouvida por videoconferência com São Paulo (SP). Ela confirmou que Adriana Ancelmo comprou alguns vestidos de festa, mas não soube dizer quantos.

A testemunha disse que, na época, em 2014, não era funcionária da loja e que sabe das informações relacionadas às compras devido ao sistema da loja. De acordo com Danielle Rocha Santos, o sistema da loja apontou que o pagamento foi efetuado por meio de depósitos feitos por Adriana Ancelmo.

A administradora de empresas Lissa Carmona Tozzi, ouvida por videoconferência com Campinas (SP), é funcionária de uma marcenaria. Ela confirmou, ao ser questionada pelo Ministério Público Federal (MPF), que as compras feitas por Adriana Ancelmo seriam pagas em três parcelas.

Contudo, apesar da emissão de boletos, toda a quantia foi paga por meio de depósitos bancários. Lissa Carmona Tozzi disse não saber o porquê de os boletos terem sido cancelados. O valor era de aproximadamente R$ 18 mil, ainda conforme a administradora de empresas. No depoimento, não fica claro se os R$ 18 mil correspondem ao valor total da compra ou de cada parcela.

Os depósitos, segundo a testemunha confirmou a Sérgio Moro, eram abaixo de R$ 10 mil.

Stella Maria de Mello Jodar falou sobre um serviço de blindagem feito para o escritório Coelho & Ancelmo Advogados, de Adriana Ancelmo. O preço do serviço, feito em agosto de 2014, foi de R$ 58 mil.

A testemunha confirmou, ao MPF, que o pagamento seria efetuado à vista, mas foram realizados sete depósitos bancários no mesmo dia. O depoimento dela ocorreu por videoconferência com Mauá (SP). Stella Maria de Mello Jodar esclareceu que não participou da negociação do serviço.

Fábio Trigo Martins, administrador de empresas ligado à uma loja de roupas masculinas, afirmou que o ex-governador Sérgio Cabral pagou por roupas sob medida por meio de depósitos bancários.

Martins disse que após solicitação do MPF buscou informações sobre como Cabral realizou os pagamentos e confirmou que foram feitos vários depósito em valores menores a R$ 10 mil. Ele foi ouvido por videoconferência com São Paulo.

Camila Borges Geremias, advogada de uma empresa que vendeu equipamentos agrícolas para Carlos Miranda, declarou que o sócio do ex-governador pagou parte de uma compra com depósito bancários em dinheiro. Camila Geremias foi ouvida por videoconferência com Campinas (SP).

A advogada Camila Rosa Salveti prestou depoimento videoconferência com Campinas (SP). Ela disse que compras efetuadas por Carlos Miranda foram pagas com depósitos bancários, alguns realizados no mesmo dia.

Durante o depoimento, não foi dito quais foram os produtos adquiridos. A advogada fez o levantamento sobre as compras, mas não trabalhava na empresa quando Carlos Eduardo Miranda fez as compras.

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