Mato Grosso, 17 de Junho de 2025
Mato Grosso

MPE pede novo bloqueio da Conta Única do Estado

05.12.2012
09:08
FONTE: Assessoria

IMPRIMA ESSA NOTÍCIA ENVIE PARA UM AMIGO

O Ministério Público Estadual ingressou nesta terça-feira (04.12), com um novo pedido de bloqueio da Conta Única do Estado. Desta vez, o MPE requer que além de garantir os pagamentos já solicitados aos municípios e consórcios intermunicipais do interior, que o Estado de Mato Grosso seja proibido de fazer os pagamentos de verbas constantes do decreto orçamentário ás Organizações Sociais até que sejam completamente pagos os valores devidos aos municípios e aos consórcios intermunicipais. 

De acordo com o promotor de Justiça Alexandre de Matos Guedes, além de não cumprir as ordens judiciais de pagamento dos valores e nem mesmo a ordem de apresentar cronograma dos pagamentos atrasados, o Estado vem ao longo do feito tomando medidas que estão atrapalhando o andamento e a celeridade do processo. “São pagas apenas pequenas quantias e os documentos apresentados nada comprovam”, afirma o promotor. 

Guedes explica que, conforme comprovado no decreto publicado no Diário Oficial do Estado que circulou no dia 13 de novembro fica constatado que para realizar a suplementação em pauta o Estado retirou verbas essenciais aos serviços de saúde prestados à população para o pagamento de Organizações Sociais. 

Entre as instituições que tiveram prejuízo com as verbas orçamentárias anuladas está o recurso de R$ 200 mil destinado ao tratamento de saúde de pessoas com deficiência que foi cancelado. O Centro Estadual de Referência de Média e Alta Complexidade (Cermac), perdeu mais de R$ 900 mil em verbas, e o Serviço Móvel de Urgência e Emergência (Samu) sofreu com a perda de R$ 200 mil no orçamento. 

Segundo o MPE, outro atendimento que será prejudicado são os exames realizados pelo Laboratório MT, responsável pelo diagnóstico de todo tipo de endemias, inclusive dengue, problema que Mato Grosso está enfrentando há anos e alcançou recordes de incidência. 

“O pagamento privilegiado para organizações sociais não é uma surpresa para o Ministério Público que ao longo da petição inicial demonstrou a existência dessa preferência ilegal a entidades privadas em detrimento dos municípios e dos consórcios intermunicipais de saúde; aliás, o Estado confirmou esses privilégios em sua primeira manifestação nos autos; o decreto orçamentário em questão é apenas mais uma comprovação disso”, afirmou o promotor. 

Ele diz que a “discriminação dos hospitais públicos em detrimentos das organizações sociais, mesmo após a decisão judicial, demonstra efetivamente qual é a prioridade do Estado de Mato Grosso – e não é a população, mas o pagamento de entes privados”. 

“As evidências mostram que a atuação do Estado demonstra um verdadeiro descaso com os cidadãos. Exemplo disso é o que acontece com os municípios de Água Boa e de Barra do Garças, onde os hospitais públicos de atendimento à população se encontram impossibilitados de operar em virtude da falta de repasses da gestão estadual do SUS”, ressaltou Guedes 

IMPRIMA ESSA NOTÍCIA ENVIE PARA UM AMIGO

NOTÍCIAS RELACIONADAS

ENVIE SEU COMENTÁRIO