Mato Grosso, 19 de Abril de 2024
Economia / Agronegócio

35% das cidades brasileiras não são atendidas por fibra óptica, diz ministro

18.04.2013
16:32
FONTE: G1

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O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse nesta quinta-feira (18) que cerca de 2.000 cidades brasileiras, 35% do total, ainda não são atendidas por redes de fibra óptica, o que limita a qualidade – ou mesmo a chegada – do serviço de internet para os moradores desses locais.

De acordo com o ministro, para permitir que esses municípios tenham acesso à tecnologia, serão necessários investimentos de aproximadamente R$ 26 bilhões nos próximos anos.

Mesmo assim, disse ele, em regiões mais distantes e com mais dificuldade de acesso, como na parte do Norte do país e na Amazônia, a fibra óptica não deve chegar a o serviço de internet será ofertado por meio do uso de rádio ou mesmo de satélite.

“Precisamos fazer redes de fibra óptica nas cidades brasileiras”, disse o ministro, que participou nesta quarta do Congresso Brasileiro de Internet, organizado pela Associação Brasileira de Internet (Abranet), e que acontece em Brasília.

Bernardo apontou que o governo vem adotando medidas para estimular esses investimentos e citou a recente desoneração, de PIS e Cofins, para a construção de infraestrutura de redes de telecomunicações.

Além disso, ele apontou que o governo estuda um novo pacote de medidas para incentivar e acelerar os investimentos no setor. Entre as medidas previstas está a criação de uma linha de crédito por meio de um banco público, para financiar os investimentos, estimados em cerca de R$ 100 bilhões.

De acordo com ele, hoje no Brasil 105 milhões de pessoas usam internet com frequência. Até o final de 2014, o governo estima que 70% dos domicílios brasileiros vão estar conectados à internet.

Ponto de troca

Bernardo defendeu ainda a instalação no Brasil de um ponto distribuição internacional de tráfego na internet, sistema que funciona com um “hub”, ou seja, que recebe e redistribui as informações de acordo com a origem e o destino dela.

Atualmente, para se comunicar com um site cujo provedor se encontra em outro país, a conexão de um usuário brasileiro passa necessariamente pelos Estados Unidos, onde é feita essa distribuição. Esse serviço tem um custo para as operadoras de internet do Brasil que, segundo o ministro, chega a cerca de R$ 500 milhões ao ano.

“As empresas de telecom brasileiras pagam para fazer ligações internacionais, e isso nos dá uma desvantagem enorme”, disse Paulo Bernardo.

Para reduzir esse custo, uma outra solução em prática é a instalação, pela Telebras, de um novo cabo submarino ligando o Brasil com os Estados Unidos. O objetivo dessa medida é comprar capacidade de tráfego de dados diretamente nos EUA, onde o preço é quase dez vezes mais barato que o cobrado aqui.

Pagamento por celular

Paulo Bernardo também disse que o governo deve encaminhar nos próximos dias para votação no Congresso, a proposta de regulamentação do uso de tecnologias móveis, como smartphones e tablets, para realizar operações bancárias. Com o projeto, os celulares vão poder ser usados, por exemplo, para fazer compras, funcionando de maneira semelhante ao cartão de crédito.

O ministro não deu detalhes sobre o texto, mas disse que o governo o considera “prioridade.”

Um dos efeitos esperados do regulamento é a maior segurança e facilidade para transações bancárias e o comércio eletrônico. De acordo com o vice-presidente do site Mercado Livre, Stelleo Tolda, hoje cerca de 20% da população brasileira, ou 40 milhões de pessoas, fazem compras e vendas on line.

“Eu considero pouco [o número de usuários de comércio eletrônico]. Ainda temos muito a crescer no Brasil”, disse Tolda, que também participou nesta quarta do Congresso Brasileiro de Internet.

Segundo ele, as vendas pela internet movimentaram no ano passado R$ 30 bilhões no Brasil, o que equivale a apenas 3% do mercado de varejo do país. E as transações no Mercado Livre feitas com uso de smartphones e tablets correspondem hoje a 6% do total.

Para ele, a regulamentação do uso de dispositivos móveis proposta pelo governo deve facilitar o comércio on line.

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