Mato Grosso, 23 de Abril de 2024
Política

"Agora só falo sobre os rios Tapajós e Amazonas', dispara Pagot

08.09.2012
16:17
FONTE: HiperNotícias

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  • Luiz Antonio Pagot
Dez dias após prestar depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira, o ex-diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antônio Pagot, diz que agora só fala com jornalistas sobre assuntos de navegação, área em que presta consultoria. Ele evita comentar a representação apresentada a seu desfavor pelo deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS), que o acusa de compunção, corrupção passiva, prevaricação, advocacia administrativa e improbidade administrativa. “Depois da sessão na CPMI, só falo sobre os rios Tapajós, Amazônas”, desconversa, ao citar locais com possibilidade de navegação de grande porte.

Apesar de se recusar a falar sobre as investigações envolvendo a construtora Delta, Pagot é taxativo antes de silenciar novamente. “A representação não foi aceita pela CMPI”, avisa. Onyx, porém, remeteu o documento ao gabinete do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, que deve formalizar denúncia na Justiça Federal, se julgar procedente os indícios de irregularidades.

Durante o depoimento em 28 de agosto, o deputado alertou que Pagot admitiu os crimes ao responder a questionamentos dos parlamentares. O democrata lembra que o ex-diretor-geral admitiu ter pedido a empresas doações para a campanha da presidente Dilma Rousseff (PT), em 2010. “Pagot foi atrás das empresas e, na minha visão, achou, porque quem vai negar a contribuição para o diretor-geral do Dnit, se a empresa presta obra para o Dnit? É evidente que ele se valeu do cargo”, avalia Onyx.

Ao reconhecer o pedido de doação, Pagot disse não acreditar que o ato fosse irregular. “Pedi porque acreditava que poderia contribuir para a continuidade do governo, porque achei que não estaria cometendo nenhuma ilegalidade”, ponderou na ocasião.

Distante dos holofotes, ele diz só se dedicar à consultoria particular. Antes de entrar na vida pública, Pagot era superintendente da Hermasa Navegação da Amazônia, do grupo Amaggi. Também assessorou o senador Jonas Pinheiro (já falecido). Com a eleição de Blairo Maggi (PR) ao Governo do Estado, em 2002, Pagot passou pelas secretarias de Infraestrutura, Casa Civil e Educação, até chegar ao Dnit. Ele deixou a autarquia “magoado” com a presidente Dilma Rousseff (PT), que decidiu exonerar a cúpula republicana do Ministério dos Transportes depois da revista Veja denunciar suposto esquema de pagamento de propina por empreiteiros e prestadores de serviços a lideranças do PR.

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