Mato Grosso, 20 de Abril de 2024
Política

PPS pede apuração de suposto elo entre deputado Luiz Argôlo e doleiro

24.04.2014
09:25
FONTE: G1

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O líder do PPS na Câmara, deputado Rubens Bueno (PR), protocolou nesta quarta-feira (23) na Mesa Diretora requerimento pedindo que a corregedoria da Casa investigue as denúncias de envolvimento do deputado Luiz Argôlo (SDD-BA) com o doleiro Alberto Youssef, preso pela Polícia Federal por suspeita de participar de um esquema que movimentou R$ 10 bilhões em lavagem de dinheiro.

Reportagem da revista "Veja" desta semana traz trocas de mensagens atribuídas ao doleiro e ao parlamentar em que ambos supostamente discutem pagamentos e saques de dinheiro. Conforme a publicação, após uma dessas conversas, Youssef teria transferido R$ 120 mil para o chefe de gabinete de Argôlo. Em outra, após reiteradas cobranças, o doleiro confirma que auxiliares entregaram dinheiro em espécie no apartamento funcional do deputado.

As trocas de mensagens são realizadas entre Youssef e uma pessoa identificada como "LA", que, segundo a publicação, seria Argôlo. "Estou sacando a primeira parte... já está ok. A segunda depende de favor do banco", teria dito Yousseff a Argôlo em uma das mensagens de celular, conforme a revista. "E aí?", teria cobrado o deputado, em resposta a Yousseff. "Meninos foram para o banco agora", respondeu o doleiro, ainda segundo relato da revista.

O G1 procurou o deputado e deixou recados em seu gabinete e no celular, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem. À revista "Veja", Argôlo disse que a denúncia é uma ilação e negou, em nota, ser beneficiários de "supostos pedágios", em referência a propina paga a políticos por contratos de empreiteiras com a Petrobras.

Para o líder do PPS, as denúncias envolvendo o deputado do Solidariedade são "graves" e merecem investigação.

"O deputado precisa se explicar à corregedoria, respeitado o amplo direito de defesa. De qualquer forma, assim como está ocorrendo no caso do deputado André Vargas, uma investigação tem que ser aberta. É isso que estamos cobrando da corregedoria", disse Rubens Bueno, autor do requerimento que pede investigação.

Se a Mesa Diretora decidir encaminhar o caso à corregedoria, uma investigação prévia deverá ser realizada com posterior apresentação de parecer que pode sugerir de advertência ou suspensão até a cassação do mandato do parlamentar. O relatório, então, é votado pela Mesa Diretora.

Se o relatório defender o prosseguimento das investigações, o requerimento seguirá para o Conselho de Ética, que abrirá processo por quebra de decoro e abertura de prazo para defesa. Um novo relatório será elaborado e votado pelo colegiado. Em seguida, o parecer segue para o plenário da Câmara.

Argôlo é o segundo deputado federal citado como tendo suposto envolvimento com o doleiro. O deputado federal licenciado André Vargas (PT-PR) responde a um processo por quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética da Câmara. O petista viajou em um jatinho fretado pelo doleiro e é suspeito de fazer tráfico de influência no Ministério da Saúde.

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