Mato Grosso, 28 de Março de 2024
Política

Conheça DZ6, intérprete de Chorão no musical 'Dias de luta, dias de glória'

04.03.2015
10:45
FONTE: EGO

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  • DZ6 caracterizado como Chorão
O cantor Chorão, cuja morte precoce completa dois anos esta semana, terá sua vida retratada nos palcos a partir do próximo dia 13 no musical "Dias de luta, dias de glória", que conta a trajetória da banda Charlie Brown Jr. Protagonista da peça - que estreia no Teatro Gamaro, em São Paulo - na pele de Chorão, Julio Cesar Hasse, o rapper DZ6, conversou com o EGO sobre o desafio.

Ele conta como foi selecionado para o papel. "Já vinha fazendo esse tributo ao Charlie Brown Jr. com minha banda e, em 2013, participei do programa 'Máquina da Fama' (apresentado por Patrícia Abravanel). Esse vídeo (assista) me deu bastante retorno, estavam procurando um Chorão para o musical e fiz todos os testes".

O catarinense de Blumenau se envolveu com o rap e o hip hop desde a adolescência e conta como surgiu o apelido e a música em sua vida. "Eu tinha 15 anos, andava de skate e fazia rap, andava com uma galera mais velha, começaram a me chamar de '16' e aí ficou 'DZ6".

Para se virar, ele trabalhava como instalador de ar condicionado. "A arte nem sempre te dá recurso financeiro, você tem que trabalhar de graça muitas vezes até conquistar algum respeito, mas ela tem que estar ali, nem que seja em segundo plano. Instalar ar condicionado é trabalhoso pra caramba, mas dava para fazer uma grana. Era chatíssimo ficar preso num trabalho monótono, se Deus quiser, não vou voltar (risos)", desabafa ele.

Aos 30 anos e sem nenhuma experiência como ator, o cantor, na estrada desde 1999, conta como tem se virado para contar a história do músico no espetáculo, que também conta com Carolina Oliveira e Patrícia Coelho vivendo Thaís e Graziela - as duas mulheres da vida de Chorão - e Júlio Oliveira como Champignon. "É um desafio novo. Estamos ensaiando bastante desde 7 de janeiro, estão me dando uma base bacana, tenho me saído superbem. Está sendo uma diversão, tenho levado de maneira suave e agradável".

Chorão

DZ6 recorda que demorou a sentir a morte de Chorão. "Estava em casa e no começo não dei muita bola, demorou a cair a ficha, depois de um tempo que me deu um baque. Hoje não vejo a morte dele como uma coisa negativa porque todo mundo morre uma hora, o que importa é o que ele deixou, um legado de músicas de altíssimo nível".

As comparações entre os dois começaram ainda em março de 2013. "Dois dias depois da morte do Chorão eu fui numa festa, o guitarrista que hoje é da minha banda me chamou para cantar e, depois daquela noite, todo mundo começou a me achar parecido. No começo eu até concordava, hoje acho que o que temos de mais parecido não é a parte física, mas a vertente musical que vem da rua, a linguagem e o skate".

DZ6 admite que costuma se emocionar com o personagem. "Rola uma emoção não só nos ensaios, a toda hora percebo o quão grande é esse projeto. A emoção vem no metrô, quando volto para o apartamento... Isso é a continuação da história do Charlie Brown Jr", orgulha-se, sentindo-se confiante para a estreia. "Nesta última semana está batendo uma ansiedade, mas sei que todo mundo vai adorar".

Ao todo, 25 atores estarão no palco durante 2h15 contando a trajetória de Chorão - a chegada ao litoral de São Paulo, com 17 anos, a formação da banda em 1992, até a morte do vocalista, em 2013. O musical estreia dia 13 de março no teatro Gamaro, em São Paulo, onde fica em cartaz até 12 de julho.

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