Suzana Beukhof é fisioterapeuta, atua na cidade de Lucas do Rio Verde, Nova Mutum e Sorriso. Natural do Mato Grosso do Sul, se formou na Unigran - Centro Universitário da Grande Dourados, em Dourados-MS. Com curso de extensão em Microfisioterapia desde 2013. A fisioterapeuta contou com aulas ministradas pelos próprios inventores da técnica, os franceses Daniel Grosjean e Patrice Bénini, em Londrina, no Paraná. A técnica tem trinta anos de existência, e chegou ao Brasil há dez anos.
A microfisioterapia consiste em identificar a causa primária de uma doença ou sintoma e estimular a auto cura do organismo. Esta técnica foi formulada originalmente na década de 70, quando Grosjean e Bénini iniciaram experimentos embasados na embriologia e na filogênese, aplicados na esfera muscular. Por meio de uma técnica de micropalpação, o fisioterapeuta procura no corpo onde essas memórias se instalaram, provocando sintomas locais ou a distância. Uma vez encontrados, o profissional irá palpar o local de forma que simule a agressão e estimulem os mecanismos de autocorreção, e assim, restabelecer as funções do organismo, eliminar doenças e promover a saúde.
“A sensação que o fisioterapeuta procura no corpo do paciente é a perda de ritmo vital. Qualquer atividade corporal tem seu ritmo vital dentro do organismo e também à superfície da pele. Quando eu encontro esses pontos bloqueados por meio da palpação, nada mais estou do que em uma memória celular. Ou o paciente sofreu algo e registrou, ou acabou herdando. Na formação de um ser-humano existem descargas genéticas do pai e da mãe, essas cargas carregam memórias celulares, portanto, esses traumas também podem ser pequenos traumas herdados. Desde uma dor de cabeça a um câncer. ” – explicou a fisioterapeuta.
Por meio da ciência desenvolvida nesta vertente da fisioterapia, o profissional encontra pontos bloqueados através de palpações, e assim, detecta qual o órgão que está acometido e possíveis patologias e seus sintomas, geralmente confirmadas no relato dos pacientes. Em entrevista ao ExpressoMT, Suzana Beukhof compartilhou experiências vivenciadas em seu consultório e de que forma a técnica da microfisioterapia tem ajudado as pessoas.
Um caso relatado que chama a atenção, envolve um paciente cancerígeno, ou ‘ex-cancerígeno’. Após ser alertado da possível enfermidade em uma sessão de microfisioterapia, o paciente procurou um médico que, por meio exames específicos, diagnosticou câncer. Assim, a enfermidade pôde ser tratada logo no início, possibilitando, por meio da quimioterapia, a cura imediata.
A microfisioterapia não possui contraindicações e pode ser aplicada tanto em adultos, quanto em crianças. Muitas doenças e dores se devem a pequenas disfunções que se acumulam durante a existência de uma pessoa e terminam por enfraquecer o organismo. Essas disfunções podem ter como causa uma frustração, perdas, traumas, intoxicações e até mesmo as memórias hereditárias. Muitos dos problemas de saúde podem encontrar uma possibilidade de melhora. Segundo a doutora Suzana, em casos de pacientes no quadro pós-operatório, a recuperação pode acelerar 40% com sessões de microfisioterapia.
Geralmente, o organismo autocorrige-se em silêncio, sem que seja percebido. Contudo, se as infrações não forem identificadas, não reconhecidas ou muito fortes, o corpo não pode reagir de forma eficaz: a agressão deixa então uma espécie “cicatriz” nos tecidos, uma memória do acontecimento. Apesar deste vestígio, causar uma impressão de cura, o acúmulo destas memórias pode fazer com que uma dor apareça, uma doença se desenvolva, e que o corpo se enfraqueça, sendo incapaz de lutar. Então, aparecem as dores e doenças crônicas. A microfisioterapia ajuda na eliminação natural destas memórias que enfraquecem o nosso organismo. Quando liberado o obstáculo, o corpo vai então poder reencontrar as capacidades que perdeu, às vezes mesmo após anos.
Em seu consultório, a fisioterapeuta Suzana Beukhof atende crianças e adultos, sendo muito equilibrado o número de pacientes de acordo com a faixa etária. Crianças com déficit de atenção, e pacientes, em geral, com ansiedade ou síndrome do pânico, são os mais atendidos pela doutora. Em todos os quadros, tais pacientes apresentam melhoras significativas. Vale destacar, que a cura de uma pessoa não é um trabalho individual, e sim um trabalho coletivo. “Eu não trabalho sozinha, conforme consigo detectar possíveis patologias, eu procuro de imediato a solução, dependendo do caso, é indispensável o encaminhamento a um profissional específico para aquela área acometida. ” – finalizou.
Sobretudo, a microfisioterapia nada mais é do que uma técnica fundada sobre um princípio natural, biológico e elementar da vida: ajudar o corpo a evacuar todos os traumas passados ou presentes que guarda na memória celular e que o impedem de funcionar bem. Não é apenas para tratamento, mas também para prevenção. Portanto, é indicado para todas as pessoas, de qualquer idade, que se preocupam com a qualidade de vida e tem a saúde como prioridade.
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