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Cercada de polêmicas por todos os lados, a Copa América de 2021 será realizada no Brasil. A competição, originalmente marcada para o ano passado, precisou ser cancelada em decorrência da pandemia do novo coronavírus. Neste ano, o torneio estava programado para ocorrer na Argentina e na Colômbia, mas os dois países, que registram alta no número de casos e óbitos da doença, alegaram não ter condições para sediar a competição.
O Brasil entrou em cena para tentar socorrer a Conmebol. A despeito dos quase 500 mil mortos e do ritmo lento da vacinação em todo país, a CBF e as autoridades brasileiras decidiram bancar a Copa América em solo verde amarelo. O martelo ainda não está totalmente batido, mas as competições devem acontecer em Brasília (DF), Rio de Janeiro, Cuiabá (MT) e Goiânia (GO). Há a possibilidade de uma quinta cidade-sede, mas isso ainda não foi definido.
Diante de tantas polêmicas, estados e cidades precisaram entrar em acordo para que pudessem receber jogos da competição. Com a pandemia ainda descontrolada e sem sinal de arrefecimento, muitas pessoas questionam a real necessidade da realização do torneio. Mais do que isso: julgam que a Copa América pode acentuar a disseminação do vírus, já que haverá maior circulação de pessoas. De todo modo, todas as seleções estão confirmadas, inclusive o Brasil. Para quem acredita na seleção canarinho, é bom checar o guia das melhores partidas.
Em Cuiabá, houve uma divergência sobre sediar ou não a competição. O governador do Mato Grosso fez contato com a CBF pedindo para que a capital do estado, que administra a Arena Pantanal, pudesse receber jogos da competição. De acordo com Mauro Mendes (DEM), ter partidas do torneio sendo realizadas no estado seria uma forma de projetar a região internacionalmente, ainda que o cenário não seja dos melhores.
"O gestor estadual questionou a presença de público durante os jogos, ao que a CBF garantiu que as partidas não contarão com público e todas as medidas de biossegurança serão cumpridas. Também não haverá nenhum custo para o estado", informou o governo por meio de nota. "Será uma oportunidade para projetar o estado de Mato Grosso para fora do país", diz outro trecho da nota.
A Arena Pantanal é um dos estádios mais modernos do Brasil. Construído para a Copa do Mundo de 2014, tem boa estrutura para receber competições internacionais. Pesa a favor também o fato de a localidade não receber tantos jogos, já que os times locais não estão envolvidos em muitas competições. Com um calendário mais flexível, é possível encaixar as partidas do torneio Sul-Americano.
Enquanto o governo estadual fez coro e agiu nos bastidores para levar a Copa América ao Mato Grosso, o prefeito de Cuiabá tentou vetar o acordo. Emanuel Pinheiro (MDB) afirmou no começo de junho que a realização do torneio e a circulação de pessoas poderia aumentar o número de variantes na cidade e tornar o combate à pandemia ainda mais complicado.
"Estamos na iminência de uma terceira onda da Covid-19 e não podemos nos descuidar agora. Nosso foco deve ser no avanço da vacinação e no tratamento aos infectados", afirmou Pinheiro.
Pinheiro foi voto vencido, mas ainda espera uma contrapartida do governo federal para sediar a competição e arcar com possíveis problemas em meio à pandemia. Ele já solicitou ao presidente Jair Bolsonaro que Cuiabá receba doses extras de vacina contra a Covid-19 para imunizar mais rapidamente a população local. Segundo o mandatário, serão mais de 670 mil doses.
"Viemos formalizar nosso pedido ao presidente. Já que Cuiabá foi escolhida como uma das sedes da Copa América, que possa compensar a população com doses extras para imunizar toda a população. Entregamos o ofício e um relatório da comissão do programa Vacina Cuiabá quantificando o número de doses extras para que possam vacinar toda a população. De minha parte, quanto mais, melhor. O que eu quero é vacinar toda a minha gente", disse o prefeito em suas redes sociais.
Cuiabá receberá cinco jogos da Copa América, todos na Arena Pantanal. O primeiro acontece já neste domingo (13) entre Colômbia e Equador.
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