Algodão agroflorestal cultivado em aldeias indígenas Xavante deve ser colhido em junho

O cultivo do algodão agroflorestal em aldeias indígenas Xavantes da região Leste do Estado está florido e tem previsão de colheita para o mês de junho.

Desenvolvido por meio do Projeto Agrocotton, entre a Empresa Farfarm e a Empaer, Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural, a iniciativa busca agregar o reflorestamento, renda e qualidade de vida a essas comunidades.

O projeto conta com recurso de um fundo inglês, junto com pesquisadores da Universidade inglesa Imperial College e UnB, Universidade de Brasília.

Iniciados em setembro do ano passado, os trabalhos estão sendo desenvolvidos pela equipe da Empaer do Escritório Regional de Barra do Garças, em sete aldeias e comunidades tradicionais.

A meta é colher até 200 quilos de algodão agroflorestais por hectare, sendo 20 hectares o total da iniciativa.

Toda produção já está vendida ao mercado têxtil de matérias primas genuinamente ecológicas que apoiam pequenos produtores que geram baixo impacto socioambiental.

Exemplo disso é a Aldeia Nova Aliança, localizada na cidade de Nova Nazaré. A cacique Laurentina destaca que o projeto trouxe novas perspectivas à comunidade.

O técnico da Empaer, Rafael Renan dos Santos, explica que todo trabalho está sendo desenvolvido também em parcerias com as prefeituras municipais que agregam com ajuda de custeio em combustível, uso de máquinas e ferramentas.  

Ele explica que depois de colhido e enfardado, o algodão vai seguir para Canarana onde será descaroçado.

Dos municípios contemplados pelo projeto, 12 são do Escritório Regional de Barra do Garças, entre eles: General Carneiro, Água Boa, Nova Xavantina, Campinápolis, Gaúcha do Norte, além de Paranatinga que pertence ao Escritório Regional de Rondonópolis.