Mato Grosso, 04 de Maio de 2025
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Alvo de operação, suspeito de matar namorada asfixiada em Cuiabá está foragido, diz polícia

07.03.2018
16:33
FONTE: G1 MT/Lislaine dos Anjos

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  • Vanessa Tito Poquiviqui Ramos, de 21 anos, foi morta supostamente pelo namorado (Foto: Divulgação)

    Vanessa Tito Poquiviqui Ramos, de 21 anos, foi morta supostamente pelo namorado (Foto: Divulgação)

O suspeito Maycon Júnior Silva Dantas, de 30 anos, apontado como autor da morte da jovem Vanessa Tito Poquiviqui Ramos, de 21 anos, em Cuiabá, está foragido, segundo a Polícia Civil. Ele teve a prisão preventiva decretada pela Justiça durante a operação Maat, deflagrada nesta quarta-feira (7) pela Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

 

De acordo com a delegada Juliana Chiquito Palhares, que coordena a operação, Maycon não foi localizado pelos policiais nesta manhã. "Ele não foi encontrado, razão pela qual divulgamos a imagem do suspeito. Ele é autor de crime de feminicídio e tem historico de violência doméstica contra outras duas mulheres", afirmou.

 

Vanessa foi assassinada por asfixia no dia 31 de janeiro, na casa dos pais do namorado, no Bairro Três Barras, em Cuiabá. Ela morava com Maycon há um mês e o corpo foi encontrado pela mãe do namorado. Segundo a polícia, Vanessa apresentava cortes no rosto e estava na cama do quarto do casal, com a blusa levantada, seios à mostra e de calcinha.

 

De acordo com a DHPP, desde que se mudou para a casa do suspeito, a vítima deixou de manter contato com a família. Ela era vigiada e mantinha contato com a família somente pela rede social dele.

 

Maycon chegou a gravar um vídeo da vítima agonizando antes de morrer. O vídeo tem cerca de 15 minutos e circulou nas redes sociais. Nas imagens, o suspeito conversa com Vanessa que, agonizando, responde palavras inaudíveis.

 

 

Operação Maat

A operação Maat foi deflagrada com o objetivo de dar cumprimento a mandados de prisão de autores de feminicídio. Nesta manhã, foi preso Mateus Rodrigues Pinto, o “Batata”, de 19 anos, apontado como mandante da morte da jovem grávida Viviane da Silva Ângelo, de 18 anos, encontrada no dia 18 de fevereiro, na Ponte de Ferro sobre o Rio Coxipó, na capital.

 

Durante interrogatório, o suspeito - que tem passagens na polícia por roubo e tráfico de drogas - negou envolvimento no crime. Segundo a delegada, ele apenas confessou que manteve um relacionamento com a vítima.

 

No entanto, para Palhares, não há dúvidas quanto à participação de Mateus no assassinato, que mandou matar a ex-namorada por sentir "ciúmes e raiva".

 

"As provas que envolvem esse investigado são contundentes. Ele diz que teve um relacionamento e que, desde que foi preso, ela deu 'área', ou seja, o abandonou. Ele nega a participação e diz que estava preso na época do crime, mas isso não quer dizer nada, porque ele é o acusado de ser o mandante, não o executor", explicou a delegada.

 

Feminicídios na Grande Cuiabá

Neste ano, seis casos de feminicídios foram registrados em Cuiabá e Várzea Grande, região metropolitana da capital. De acordo com a delegada, em todos os casos, a autoria de todos os crimes já foi confirmada.

 

Além de Mateus Rodrigues, suspeito de mandar matar a ex-namorada grávida, a Polícia Civil já havia prendido em flagrante Everton Marcos Stoppi, de 22 anos, que matou a mulher dele, Daniela de Oliveira Corrêa, de 31 anos, no dia 28 de fevereiro.

 

Daniela foi assassinada com um tiro no rosto dentro de casa, no Bairro Pedra 90, na frente dos três filhos de outro relacionamento. Em depoimento à polícia, Everton disse que cometeu o crime durante uma 'brincadeira de mau gosto'.

 

Em dois dos casos, os suspeitos cometeram suicídio logo após assassinarem as companheiras. Um deles ocorreu no Bairro Pirineu, em Várzea Grande, onde Célia Cristina Ferreira, de 41 anos, foi assassinada a tiros pelo marido dela, Vitorino José da Cruz, dentro da casa da família.

 

Vitorino era servidor público da Prefeitura de Várzea Grande e se matou logo após cometer o assassinato. Segundo a filha da vítima , o casal estava junto há 15 anos e a mãe havia pedido a separação, mas Vitorino não aceitava o fim do relacionamento.

 

O outro caso de assassinato seguido de suicídio ocorreu no Cinturão Verde, zona rural de Cuiabá, onde a vítima, identificada apenas como Jéssica, de 30 anos, foi morta pelo marido, Artulino Pereira de Souza, de 30 anos.

 

Além dela, o homem também teria matado o filho, uma criança de 4 anos, cujo corpo foi encontrado junto ao da mãe, em um colchão. O corpo de Artulino foi encontrado pendurado por uma corda em uma área.

 

Em 5 de fevereiro deste ano, uma adolescente de 17 anos foi encontrada morta no Córrego Três Barras, no bairro de mesmo nome, em Cuiabá. Débora Pereira da Silva chegou a ser dada como desaparecida pela família. Laudo do Instituto Médico Legal (IML) apontou que ela foi morta por asfixia. Segundo a polícia, o autor do crime já foi identificado e as investigações estão avançadas.

 

São considerados casos de feminicídio os assassinatos de mulheres marcados pela condição de gênero, previsto na Lei 13.104/2015, quando o crime envolve violência doméstica e familiar e menosprezo ou discriminação à condição de mulher.

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