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Sem apoio do próprio clube que presidiu e do qual é sócio-proprietário, o ex-presidente da Federação Mato-grossense de Futebol (FMF), Aron Dresch, desistiu de disputar sua terceira reeleição. O comunicado foi feito na última sexta-feira (21), após uma reunião dos clubes no Hotel Odara, em Cuiabá, convocada por Aluízio Bassani, mandatário do Luverdense.
Segundo apurou a reportagem de A Gazeta, Dresch havia confirmado presença no encontro para ouvir os clubes, mas desistiu da candidatura na última hora para apoiar a chamada "Chapa da CBF", encabeçada pelo advogado Diogo Fernando Pécora de Amorim.
Pécora, que preside o Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) da FMF, foi o "escolhido" do interventor da CBF, Luciano Hocsman, para representar os interesses da entidade em Mato Grosso, mas a estratégia parece ter se tornado um tiro no pé. Hocsman não esperava tamanha rejeição ao nome de Pécora e agora terá que enfrentar, no pleito marcado para o próximo dia 2 de dezembro, a insatisfação dos clubes e a chapa "Federação para Todos", presidida pelo CEO do Mixto e empresário Dorileo Leal.
Assim, de 4 candidatos, a eleição mais disputada e polêmica de todos os tempos na história da FMF terá um embate entre duas chapas bem distintas: uma representando a ingerência da CBF na federação local e outra em defesa dos clubes afiliados. Além de Aron, o publicitário Humberto Frederico também deixou a disputa.
A reunião da última sexta-feira, cuja iniciativa foi dos dirigentes do Luverdense, teve como motivação a reportagem exclusiva de A Gazeta, que denunciou um esquema que estava sendo montado pelo interventor da CBF para manipular o pleito do dia 2.
A revolta dos dirigentes foi geral diante da situação, o que agravou ainda mais a posição de Aron na disputa e complicou o advogado Pécora.
Com a reviravolta, dirigentes que antes apoiavam Aron passaram a defender a candidatura de Dorileo.
O registro oficial da chapa deve acontecer ainda hoje, já que a FMF está funcionando em plantão aos sábados para receber os protocolos dos candidatos.
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