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Câmeras de monitoramento estragadas e baixo efetivo foram algumas das irregularidades que ajudaram no sucesso da fuga de duas criminosas do “alto escalão” do Comando Vermelho, da Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto May, em Cuiabá, na madrugada do domingo (17). Angélica Saraiva de Sá, a “Angeliquinha”, e Jéssica Leal da Silva, a “Arlequina”, serraram duas grades da cela 11, Raio 4, onde estavam detidas.
Com isso, acessaram a grade superior do raio, que é a cobertura, sendo também rompida. As duas tiveram acesso ao pavilhão e, em seguida, à parte externa da penitenciária feminina. Elas fugiram pela obra da fábrica na penitenciária, que estava com portão só encostado e sem nenhuma segurança. A ausência das reeducandas foi constatada por volta das 6h30, durante a conferência que é feita em horário pré-determinado nas celas, o chamado “confere”.
A revista foi feita pela chefe da equipe do plantão no Raio 4. Ao conferir o cadeado no cubículo 12, o mesmo soltou na mão dela. No local, durante o “confere” da noite, estavam quatro presas e, naquele momento, cinco estavam na cela. Elas ficaram em silêncio quando questionadas sobre o cadeado.
Todas elas foram encaminhadas para o Raio 9, para evitar novas fugas. A equipe de contenção verificou duas grades serradas no cubículo 11 que era ocupado pela quinta detenta que estava no 12 e também pelas reeducandas Angélica e Jéssica. Nenhuma reeducanda estava no local.
No boletim de ocorrência, ao qual a reportagem teve acesso, é relatado que a chefe da equipe solicitou que parassem os procedimentos na guarda, já que a unidade está com equipe defasada. Pediu que as equipes fizessem ronda interna na unidade, enquanto informava às autoridades. Relata ainda que tentou ligar para o Serviço de Operações Penitenciárias Especializadas (SOE), para pedir apoio, sem sucesso.
Ligou para o Ciosp e informou a Secretaria Adjunta de Administração Penitenciária. Logo após a ronda, foi constatado que o portão da fábrica estava sem cadeado, somente encostado. “O Raio 4 está com as câmeras estragadas e sem condições de visualização no monitoramento.
Por várias vezes sobem presos no telhado, sem nenhum acompanhamento, bem como a grande movimentação de privados de liberdade na obra da fábrica, com portão sem nenhuma segurança. O efetivo reduzido de policiais penais não consegue acompanhar todos os procedimentos”, informa o relato.
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