O colunista social e carnavalesco José Jacinto Siqueira de Arruda, o Jejé de Oyá, morreu na manhã desta segunda-feira (11), em Cuiabá, aos 81 anos. Ele passou mal e morreu dentro de uma ambulância, quando estava a caminho do hospital. Ainda não há informações sobre os horários do velório e do enterro. Com a saúde debilitada, ele estava morando num residencial geriátrico particular no bairro Boa Esperança, na capital.
O prefeito em exercício, Haroldo Kuzai (SDD), decretou luto de três dias pela morte. Em nota, a prefeitura disse que o colunista morreu vítima de uma parada cardiorrespiratória.
Negro e homossexual, Jejé nasceu em Rosário Oeste mas foi para Cuiabá ainda criança, onde foi adotado por uma família que morava no bairro Boa Morte. Chegou a pensar em ser padre, mas desistiu da vida religiosa. Estudou alfaiataria e foi carnavalesco, mas foi o colunismo social a atividade na qual mais se destacou e na qual adotou o nome Jejé de Oyá.
Enfrentou preconceito e a discriminação durante as décadas de 50 e 60 por conta da cor de sua pele e da preferência sexual, mas acabou se firmando como um dos colunistas mais conhecidos e irreverentes da cidade. Ícone da cultura local, costumava se vestir de forma extravagante, com batas coloridas, chapéus, pulseiras e colares.
O colunista passou os últimos anos de vida recluso, devido à saúde bastante debilitada - consequência de dois derrames.