Mato Grosso, 20 de Abril de 2024
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Coudet, Holan e Almirón: conheça os técnicos argentinos no radar do Inter

15.10.2019
09:17
FONTE: GloboEsporte

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  • Coudet, Holan e Almirón: conheça os técnicos argentinos no radar do Inter

    Foto: Arte / GloboEsporte.com

A busca por um novo técnico levou o Inter a Buenos Aires, representado por uma comitiva para conduzir as negociações com o substituto de Odair Hellmann para o restante do ano e já de olho em 2020. Em solo portenho, o vice de futebol Roberto Melo e o gerente de mercado Deive Bandeira têm Eduardo Coudet, do Racing, como prioridade. Mas o atual campeão argentino não é o único nome em pauta.

 

A diretoria colorada tenta avançar nas conversas com cautela e sigilo, até pelas dificuldades da tratativa. Coudet tem contrato com o Racing até junho de 2020, e o clube de Avellaneda já firmou sua posição: não quer sua saída antes disso.

 

Assim, o clube mantém cartas na manga como alternativas. Campeão da Sul-Americana com o Independiente em 2017, Ariel Holan é visto como plano B. Hoje no Al Shabab, da Arábia Saudita, e com passagens por San Lorenzo e Lanús, Jorge Almirón também está no radar.

 

Apresentamos abaixo as características dos três argentinos em pauta no Inter. Os próximos capítulos da empreitada por um novo comandante seguem nesta terça-feira.

 

Eduardo Coudet

Estilo ofensivo e amizade com D'Ale

 

O ex-meia de 45 anos nutre mesmo à distância uma relação indireta com o Inter. Graças a D'Alessandro. No início dos anos 2000, Coudet e D'Ale formaram uma parceria no meio-campo no River Plate. Sete anos mais velho, o treinador foi o responsável por batizar de "La Boba" o drible tradicional do camisa 10 colorado, então um garoto recém integrado ao elenco profissional.

 

Coudet iniciou a carreira como treinador em 2015, no Rosario Central. No ano seguinte, conduziu a equipe até as quartas de final da Libertadores, com derrota para o Atlético Nacional. Antes disso, eliminou o Grêmio com duas vitórias: 1 a 0 na Arena e 3 a 0 no Gigante de Arroyito.

 

Após uma breve passagem pelo Tijuana, do México, o treinador assumiu o Racing em 2017 e forjou uma nova identidade no clube de Avellaneda. Coudet implementou um estilo de futebol ofensivo, com pressão à defesa rival para recuperar a posse da bola. E colheu resultados: foi campeão argentino na temporada passada.

 

"É um trabalho muito bom. Deu uma identidade marcante à equipe que foi campeã depois de cinco anos, jogando com muito protagonismo, com futebol vistoso. É uma equipe muito ofensiva, que ataca com muita gente e pressiona muito o adversário quando está sem a bola. Neste campeonato, a equipe caiu de rendimento, não brilha como antes, mas faz cinco partidas que não perde. Deu ao Racing uma identidade ambiciosa. É muito próximo dos jogadores, uma relação muito estreita, mas na hora de trabalhar é muito, mas muito intenso" (Nicolás Montala, Diário Olé).

 

Ariel Holan

Origem no hóquei e rusga com Cuesta

 

A trajetória de Ariel Holan no esporte começa nos gramados. Mas no hóquei sobre grama. Ele foi treinador no esporte, popular na Argentina, até 2003, quando passou a atuar como analista de desempenho de Jorge Burruchaga e rodou por clubes como Arsenal de Sarandí e Estudiantes. Também atuou como auxiliar técnico no River Plate.

 

Holan só virou técnico, de fato, recentemente, com metodologia e uma linha de trabalho metódica. Em 2015, assumiu o Defensa y Justicia e levou o clube a uma boa campanha até o vice-campeonato argentino do ano seguinte. Mas foi no Independiente que o técnico de 59 anos chegou ao sucesso – e a polêmicas.

 

Em 2017, Holan conduziu o Rei de Copas ao título da Sul-Americana. Um pouco antes, envolveu-se em polêmica com Víctor Cuesta, hoje no Inter, e afastou o zagueiro, então capitão e com convocações para a seleção argentina. Está sem clube, após ter deixado o Independiente no ano passado.

 

"Gosta de um futebol vistoso, muito semelhante ao que se joga no Brasil. Fora do campo, ele é instável nas relações com as pessoas. Teve problemas com seu assistente de campo. Estava errado quando quis trazer alguns jogadores, mas ele também teve sucesso com alguns outros. É um técnico que gosta de um clube organizado. Aí pode fazer seu trabalho completamente bem" (Denis Ferreyra, da Rádio Al Rojo Vivo).

 

Jorge Almirón

Campeão pelo Lanús e valorizado

 

Ex-meia e técnico desde 2008, o argentino de 48 anos deu o grande salto da carreira no comando do Lanús. Em 2016, ele conduziu o pequeno clube de Buenos Aires a três títulos nacionais: o Campeonato Argentino, a Copa Bicentenário e a Supercopa Argentina. No ano seguinte, levou a equipe ao vice-campeonato da Libertadores, com derrota para o Grêmio na final.

 

O estilo de jogo ofensivo, com valorização da posse de bola, intensidade, pressão à saída de bola rival e os resultados o alçaram ao status de um dos técnicos mais promissores da nova geração argentina. O treinador recebeu elogios recorrentes por conseguir fazer o Lanús jogar um futebol vistoso, mesmo com peças que não se encaixassem tão bem neste estilo de jogo.

 

Valorizado, Almirón não conseguiu engrenar desde então. Em 2018, assumiu o Atlético Nacional, sem resultados expressivos. Depois, passou pelo San Lorenzo, também sem empolgar e foi demitido mesmo com a vaga nas oitavas de final da Libertadores.

 

 

"Ele teve uma má passagem pelo San Lorenzo, mas é um dos treinadores mais valorizados do futebol argentino. Se apoia no estilo de valorização de posse, isso apareceu perfeitamente no Lanús. Almirón tem um forte poder de convencimento sobre seus jogadores. Prioriza jogadores que gostam de ter a posse de bola.Tem bom conhecimento sobre seus jogadores para, mesmo com alguns que não têm a melhor característica para seu estilo, implementá-lo normalmente" (Federico Colman)

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