Mato Grosso, 23 de Abril de 2024
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Craque dos Celtics dirige 15 horas para liderar protesto contra a violência policial nos EUA

02.06.2020
09:44
FONTE: Globo Esporte

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  • Craque dos Celtics dirige 15 horas para liderar protesto contra a violência policial nos EUA

    Jaylen Brown lidera manifestação em Atlanta — Foto: Reprodução redes sociais

O assassinato de George Floyd, um homem negro de 40 anos, por parte de um policial branco no estado de Minnesota, nos Estados Unidos, gerou uma espiral de manifestações anti-racistas ao redor do país. No fim de semana, grandes centros como Nova York, Atlanta e Los Angeles foram tomados por manifestantes que levantaram suas vozes por justiça. Personalidades do mundo esportivo não ficaram fora desse movimento, se juntando a outros civis nas principais cidades americanas.

 

Entre essas personalidades, quem chamou atenção foi Jaylen Brown, ala do Boston Celtics. O camisa 7, um dos pilares do time de Massachusetts e também vice-presidente da Associação de Jogadores da NBA, dirigiu 15 horas entre as cidades de Boston e Atlanta para liderar um protesto contra o racismo, a violência policial direcionada à comunidade negra, e por justiça no caso George Floyd.

 

Jaylen Brown marchou segurando um megafone e uma placa com a frase “Não consigo respirar”, fazendo referência a Floyd. O ala transmitiu ao vivo em sua rede social boa parte dos atos, além de compartilhar outros discursos, como o do colega da NBA Malcolm Brogdon, do Indiana Pacers.

 

O protesto aconteceu perto de sua cidade natal Marietta, no estado da Geórgia. "O que queremos? Justiça! Quando queremos? Agora!", bradava Brown juntamente com outros manifestantes.

 

- Ser uma celebridade, ser um jogador da NBA, não me exclui de conversa nenhuma. Primeiramente e mais importante, eu sou um homem negro e membro desta comunidade… Estamos conscientizando algumas das injustiças que estamos vendo. Não está bem - disse o jogador após o ato.

 

Depois, em uma rede social, Jaylen Brown criticou a ação policial durante a manifestação da qual participou.

 

- A polícia usou táticas para tentar intimidar nosso grupo, nós não fizemos nada de tumulto ou perturbação pública… Por que três pessoas foram apreendidas? Nós temos direito a manifestar a nossa dor e vocês não têm o direito a calar ou controlar isso! Quando não é pacífico é um problema e quando é pacífico é um problema! Você espera que as pessoas não façam nada? - questionou.

 

Jaylen Brown é conhecido na NBA não só pelo enorme talento, mas também por ser um jogador articulado e que nunca se omite em relação às causas sociais. Em 2018, ele disse em entrevista ao jornal inglês The Guardian, que o presidente Donald Trump “tem tornado o racismo mais aceitável nos Estados Unidos”.

 

O caso George Floyd

George Floyd, que sofria de doença arterial coronariana e doença cardíaca hipertensiva, morreu asfixiado por um policial na cidade de Minneapolis, no estado americano de Minnesota. O oficial ficou durante 8 minutos e 46 segundos pressionando o pescoço do homem negro de 40 anos com o joelho. Imagens foram divulgadas da brutalidade e, posteriormente, o policial acabou preso pelo crime.

 

A comunidade americana julga o ato como discriminação racial. Desde o início da semana, protestos vêm ganhando força na cidade de Minneapolis. No esporte, grandes referências mundiais também se manifestaram. LeBron James, um dos líderes na causa, chegou a vestir uma camisa com a frase "não consigo respirar". Na última sexta-feira, Stephen Jackson, campeão da NBA com o San Antonio Spurs em 2003, e o ator Jamie Foxx lideraram uma coletiva sobre o caso. Stephen Jackson era amigo pessoal de George Floyd e o chamava carinhosamente de "irmão gêmeo".

 

Desde segunda-feira (25), quando George Floyd foi morto, milhares de pessoas têm ido às ruas diariamente para protestar contra a sua morte. Na madrugada de domingo (31), as manifestações chegaram a 75 cidades, segundo o jornal americano "The New York Times". E a tensão entre manifestantes e policiais aumentou. Quatro pessoas morreram e 1.700 foram presas.

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