Mato Grosso, 03 de Agosto de 2025
Politica

Dia do médico - Na prática, o que é a medicina humanizada?

18.10.2016
11:14
FONTE: Decom

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  • Dr. Anis Ghattas Mitri Filho - CRM 144.893

    CEO e cardiologista do CECAM - instituição médica paulista referência com quase 20 anos de história.

A medicina humanizada é um conceito bastante falado e reverenciado. Uma relação mais próxima e humana entre médico e paciente é, com certeza, o caminho certo a seguir na medicina. Mas colocá-lo em prática tem sido um desafio para muitos. Alguns ainda desconhecem o sentido real no dia a dia. 

Quando se ouve o termo, a ideia associada é de tempo e proximidade: consultas mais longas, olho no olho, ouvir o paciente com respeito. Uma conduta mais humana, em que se estabelece uma relação de cumplicidade. 

A medicina humanizada, no entanto, extrapola o atendimento que o médico realiza na sua sala com o paciente. É algo muito além, que começa antes da pessoa entrar na sala e continua com sua saída. 

Trata-se do atendimento global, de forma eficaz e resolutiva. É o respeito à condição do paciente e, isso - é importante frisar - não é responsabilidade apenas do médico. Já começa no agendamento e no recebimento daquele caso. 

Na medicina humanizada, prioriza-se o atendimento completo e ágil, que engloba a consulta, encaminhamento para exames, diagnóstico, o tratamento e o pós-tratamento.

É tratar e acompanhar o paciente como um todo, com o suporte de uma equipe multidisciplinar, integrada e competente. Faz parte deste respeito facilitar a vida da pessoa, tornando possível, por exemplo, realizar todos seus exames no mesmo dia, o que reduz encaminhamentos e retornos desnecessários.

O pós também faz parte deste compromisso. Em caso de encaminhamento, é referenciar e acompanhar todo o pós-tratamento, até a resolução. Não basta sorrir, saber o nome do paciente, olhar nos seus olhos, mas ao se despedir no final da consulta - esquecer por completo aquela pessoa.

A medicina humanizada é aquela que prima pelo paciente e busca a solução. Também é honesta: se o paciente está saudável, não tem nada, para que medicá-lo, exigir mil exames? O médico humanista sabe que, às vezes, uma simples mudança de estilo de vida é suficiente para melhorar a condição de saúde.

Apesar de muitos pregarem que a tecnologia vai contra a humanização da medicina, o que observamos é que a mesma quando bem utilizada e direcionada é um suporte para métodos mais resolutivos. Além de tratamentos e exames de ponta, um banco de dados com o histórico do paciente, por exemplo, torna o tratamento mais efetivo e ajuda na prevenção - e não só na solução do caso. Os aplicativos, por exemplo, permitem agilizar a vida das pessoas e lembrá-las da adesão a um projeto de vida mais saudável. Quando bem usada, a tecnologia melhora a vida das pessoas. 

Outro ponto fundamental. A humanização da medicina precisa também cuidar do médico e dos profissionais de saúde. Eles devem ter atenção, estrutura e suporte digno para exercerem sem obstáculos sua principal função: cuidar do paciente e salvar vidas. 

Dr. Anis Ghattas Mitri Filho 

Graduado em Medicina pela Universidade de Mogi das Cruzes, durante sua formação acadêmica fez estágio em diversos Hospitais de referência em suas especialidades, tais como Emílio Ribas (infectologia), Hospital do Câncer AC Camargo (oncologia), Maternidade de Vila Nova Cachoeirinha (ginecologia e obstetrícia) e Dante Pazzanese (cardiologia). Passou em primeiro lugar na prova de seleção para Residência Médica em Cardiologia no Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo, onde acabou tendo a oportunidade de realizar estágios no INCOR -SP e UNIFESP. 

Após concluir a Residência de Cardiologia, realizou especialização em Cardiologia e Métodos Gráficos na UNIFESP - EPM. Posteriormente cursou estágio em Ecocardiografia e Ultrassonografia Vascular no Hospital Bandeirantes em São Paulo. 

Em 2011 foi convidado a coordenar o serviço de Cardiologia e Terapia Intensiva do Hospital Santa Casa de Suzano (Unidade 2), onde idealizou e fundou a unidade de métodos gráficos cardiológicos, ecocardiografia e doppler vascular, além de ser responsável pela realização da primeira cirurgia cardíaca da região, tornando o serviço referência em Cardiologia na região do Alto Tietê. 

Em 2012 coordenou e implantou o primeiro Centro de Cardiologia, Hemodinâmica e Cirurgia Cardíaca da região de Osasco, onde foi responsável pela criação e desenvolvimento da primeira Unidade Coronariana da cidade. Atualmente é médico coordenador do Centro de Cardiologia, Arritmologia, Hemodinâmica e Cirurgia Cardíaca do Hospital Sino Brasileiro em Osasco, médico coordenador e diarista das UTI e Unidade Coronariana do Hospital Sino Brasileiro além de ser contratado como Cardiologista, Ecocardiografista e Coordenador dos Métodos Gráficos em Cardiologia (Holter, MAPA e Teste Ergométrico) pelo Instituto de Responsabilidade Social Sírio Libanês, em São Paulo e Cardiologista do Hospital São Luiz/Rede D'Or. 

Em 2014 concluiu seu primeiro mestrado, na área de Terapia Intensiva. Neste mesmo ano realizou Fellowship na Harvard Medical School - Boston (EUA), na área de Métodos Gráficos e Diagnósticos em Cardiologia, incluindo Medicina Nuclear. Em 2015 inicia seus estudos sobre Nutrologia, Nutroendocrinologia e Modulação Hormonal junto a Associação Brasileira de Nutrologia, além de um Fellowship in Metabolic & Nutritional Medicine junto à Metabolic Medical Institute e University of South Florida (USF). 

Exerce atividade acadêmica como docente da Pós Graduação de Fisioterapia Cardiorrespiratória e Hospitalar da Universidade Cruzeiro do Sul em São Paulo, além de ministrar cursos e palestras a médicos e enfermeiros em diversas instituições de ensino de São Paulo.

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