Contratado pelo Inter em dezembro de 2013 como solução para tentar encerrar um problema recente de irregularidade entre goleiros colorados, Nelson de Jesus da Silva vive momento distinto na carreira. Um ano e um mês depois, Dida, aos 41 anos, corre para adquirir o mesmo ritmo do titular Alisson e do primeiro reserva Muriel.
Mesmo com pouco espaço e com a possibilidade real de ficar fora até do banco de reservas, Dida é considerado uma liderança no grupo colorado e um dos maiores exemplos no futebol brasileiro. Serve como inspiração para os demais atletas. Afinal, conta com títulos expressivos como a Copa do Mundo de 2002, Liga dos Campeões (2002-03 e 2006-07) e Mundial de Clubes (2000 e 2007), entre tantos outros.
– O Dida não é um jogador qualquer, é multicampeão. É um cara com muita experiência, que dá muito apoio aos outros dois goleiros. É uma liderança positiva dentro do grupo colorado – avalia o diretor de futebol Marcos Marino ao GloboEsporte.com.
Dida se encontra em estágio final de preparação física. Durante a semana, correu em volta do gramado enquanto os demais goleiros trabalhavam tecnicamente sob orientação de Daniel Pavan. Em dezembro, o arqueiro machucou o joelho em um jogo festivo na Itália. Devido à lesão, ficou fora da pré-temporada na serra gaúcha.
Durante o período de recuperação em Porto Alegre, entretanto, um caso em especial quase manchou a passagem do goleiro pelo clube gaúcho. Reconhecido em uma festa funk com o meia-atacante Jorge Henrique, enquanto os demais atletas estavam na pré-temporada, acabou multado pela direção.
– O Inter nunca pensou em rescindir com o Dida. Ele está integrado ao grupo normalmente. Teve aquele problema e levou a multa. Mas é um atleta exemplar que nunca teve outra questão no clube – defende Marino.
Desde Clemer, campeão Mundial em 2006, o Inter tenta consolidar um goleiro como camisa 1. Desde então, o clube tentou diversas apostas, como no experiente Pato Abbondanzieri (2010), na identificação com o clube em Renan (2010/2011), em Lauro (2008/2009), além de apostas de crias da casa. Se Muriel não conseguiu se afirmar, é a vez de Alisson, irmão mais novo, começar a temporada como titular.
Dida foi expulso no jogo contra a Chapecoense - derrota por 5 a 0, em 9 de outubro de 2014. Como Muriel se recuperava de lesão muscular na coxa esquerda, Abel Braga optou por Alisson, que acabou se destacando nos confrontos seguintes e garantiu a posição.
A partir de então, Dida vive momento inverso ao dos irmãos Becker. Aguarda uma brecha para tentar voltar a atuar ou conseguir lugar no banco. O experiente camisa 1 tem contrato até o final do ano.
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