Documentário conta a história do milho safrinha no Brasil

Atualmente a colheita de milho safrinha é altamente tecnificada, mas nem sempre foi assim. Um documentário lançado em setembro pela Yara conta algumas histórias sobre o desenvolvimento da cultura no Brasil e traz depoimentos de produtores sobre as incertezas que marcaram o início do plantio no País. 

O cultivo de milho safrinha no Brasil iniciou no fim da década de 1970, na cidade de Floresta, que fica no Norte do Paraná, devido à descapitalização dos agricultores da região após enormes perdas com a geada de 1975, que dizimou a maior parte dos cafezais paranaenses. Inicialmente, as lavouras eram conduzidas com pouco investimento, baixo nível tecnológico e, consequentemente, resultavam em baixas produtividades. O agricultor Danilo Kudiess, de Maracaju (MS), explica que, no começo, alguns processos, como o de nutrir o milho, por exemplo, se mostravam muito trabalhosos e pouco eficientes. “Era sempre uma adubação na linha do plantio o que, consequentemente, atrasava bastante o cultivo do milho”, disse. 

Outra dificuldade apontada pelos produtores era o frio do inverno em algumas regiões: “quando você acertava era uma vitória porque quando começamos a plantar milho safrinha era só geada... Muitas vezes tinha que cortar esse milho pra dar para o gado, porque o frio queimava tudo”, afirma o produtor rural Manasses Fabrício dos Santos, de Goioerê (PR).

 Ao longo dos anos, no entanto, com o produtor entendendo cada vez mais a importância da tecnologia no campo, este cenário mudou. Passadas três décadas da intensificação do cultivo de milho safrinha, observa-se a expansão para outras regiões do Brasil, principalmente no Centro-Oeste. Comparado ao início da atividade, o que se constata nas lavouras é um grande avanço no nível tecnológico empregado pelos agricultores, resultando em um elevado incremento na produtividade, quantidade, e principalmente, na qualidade do produto. 

Hoje nas fazendas onde se planta milho segunda safra já é possível ouvir o som das máquinas plantadeiras e colheitadeiras. Além disso, programas nutricionais específicos para cultura também ajudaram na rentabilidade do agricultor, que agora conta com uma recomendação segura para o milho safrinha.