Mato Grosso, 11 de Dezembro de 2025
Esportes

"Don Andrés": Espanha ainda vê Iniesta imprescindível dentro e fora de campo

26.06.2018
08:33
FONTE: G1

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  • iniesta

    Reprodução / Instagram Iniesta

Andrés Iniesta não é catalão, mas é como se fosse. Nascido em Fuentealbilla, fez carreira no Barcelona e se tornou um dos grandes ídolos da história do clube.

 

A luta da Catalunha para ser um país independente criou uma grande rivalidade com o restante da Espanha, principalmente Madri. E essa disputa também existe no esporte, com Barça e Real. Passar imune a ela é tarefa difícil, bem difícil. Basta lembrar das vezes em que Piqué, defensor da independência catalã, foi vaiado em treinos e jogos da seleção espanhola.

 

Por isso, o feito de Iniesta merece ser exaltado. Ele é muito querido por toda a Espanha.

 

O meio-campista foi o autor do gol mais importante da Roja em todos os tempos - o do título da Copa do Mundo de 2010, na final contra a Holanda. Mas não é só isso que cativa. Ele sempre joga com uma mistura de técnica, dedicação e comprometimento. Além disso, fora de campo é um exemplo de liderança e humildade.

 

Não é à toa que, mesmo aos 34 anos, Iniesta segue sendo relevante para a Espanha. O camisa 6, que disputa sua última Copa, foi titular nos três jogos da fase de grupos.

 

- Iniesta é fundamental para o time. Não está 100% fisicamente, mas o peso dele é muito relevante. Por tudo o que acrescenta, pelo talento e pela liderança que tem. Ele impõe respeito aos jogadores que estão do outro lado. É uma peça imprescindível para a seleção - disse o jornalista espanhol Adriá Albets.

 

- Para mim ele é muito importante. Não é tão jovem quanto antes, mas segue sendo o Iniesta, e a Espanha não pode abrir mão do talento dele. Pode até ser que em alguns momentos ele tenha que descansar, mas o importante é que ele esteja cômodo e com confiança - opinou outro jornalista, Anton Meana.

 

Além da imprensa, os jogadores também têm essa mentalidade de reverência a Iniesta. O respeito de todos é tamanho que ele é carinhosamente chamado de "Don Andrés".

 

- Esta é a última Copa dele. Com certeza está fenomenal, como sempre. Sabemos de suas características e do jogador que é - disse o amigo e companheiro Sergio Busquets.

 

Quarto que mais vestiu a camisa da seleção

Uma das camisas mais vistas do lado de fora do Estádio de Kaliningrado foi a de Iniesta. Contra o Marrocos nessa segunda-feira, ele completou 130 jogos pela seleção. É o quarto que mais vestiu a camisa vermelha, atrás somente de Iker Casillas (167), Sergio Ramos (155) e Xavi Hernández (133).

 

 

Dentro de campo, houve empate por 2 a 2, e o experiente meio-campista teve uma partida de redenção. Participou junto de Sergio Ramos da trapalhada que "deu" o primeiro gol ao adversário. Mas, em seguida, fez uma jogadaça que resultou em gol de Isco. E tentou comandar o meio-campo. Com o resultado, a equipe se classificou em primeiro lugar do Grupo B e vai enfrentar a Rússia nas oitavas de final, no próximo domingo.

 

Com o técnico Fernando Hierro, Iniesta é titular absoluto da seleção. Ninguém pensa em barrá-lo do time. Mas poupar o craque é uma possibilidade levantada.

 

- O Iniesta é incrível, capaz de ganhar partidas, mas não corre como antes, nem tem a força que tinha. Acho que ele merece ser titular, mas o certo é dosificar - analisou o jornalista Javier Herráez.

 

Iniesta deixou o Barcelona ao fim da temporada passada e vai jogar no Vissel Kobe, do Japão. Especula-se que ele possa se aposentar da seleção após a Copa, o que seria o fim de um ciclo fantástico do camisa 6 na Roja. Independentemente do resultado final na Rússia, é certo que "Don Andrés" já está entre os maiores de todos os tempos da Espanha. Para muitos, inclusive, ele é o maior. Podem até discordar, mas isso está longe de ser um exagero.

 

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