A Escola Estadual Gustavo Piccinini, localizada no Jardim do Lago, em Limeira (SP), foi alvo de três atentados consecutivos nesta semana. Os ataques se concentraram em uma sala do terceiro ano do ensino médio e ocorreram sempre à noite. A Secretaria de Educação do Estado de São Paulo informou que os casos foram registrados na Polícia Civil, que investiga os autores.
Os alunos temem novas ocorrências. O primeiro ataque ocorreu na segunda-feira (24), quando barras de ferro foram jogadas dentro da escola. Na terça-feira (25), a sala de aula foi atingida por gasolina e depois foi ateado fogo nas cortinas. Já na quarta-feira (26), o local foi alvo de bomba.
De acordo com uma aluna de 17 anos, os estudantes estão com medo. “O primeiro dia não foi tão assustador, mas na terça-feira foi horrível. Estávamos esperando alguns alunos terminarem a prova de biologia quando sentimos o cheiro forte de gasolina e em segundos uma bola de fogo na direção das cortinas. Saímos correndo, tinha muita fumaça", relatou.
A jovem disse ainda que os ataques vieram do lado externo da escola. Ao lado da instituição de ensino tem uma creche com muro baixo, o que pode ter facilitado o acesso dos vândalos. “Não temos segurança e não sabemos o motivo de ser somente a nossa sala. Alguns alunos já pediram até transferência", relatou a estudante.
Respostas
A Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, por meio de assessoria de imprensa, informou que repudia qualquer ato de violência contra a escola e que as providências administrativas já estão em curso. Afirmou ainda que uma equipe de supervisão da diretoria de ensino acompanha e apura os casos registrados. O estado relatou ainda que em todos os casos não houve feridos e que os reparos já foram feitos no espaço afetado.