A falta de pagamento dos funcionários da Farmácia de Alto Custo provocou o fechamento da unidade em Cuiabá e prejudicou os pacientes que precisam do local para buscar medicamentos. De acordo com a assessoria de imprensa do governo de Mato Grosso, os trabalhadores pararam as atividades no último dia 10 porque estão há quase 60 dias sem receber.
A paralisação também atingiu a Central estadual de Abastecimento de Insumos de Saúde, responsável pela distribuição dos medicamentos para as unidades da capital e do interior do estado. Segundo o governo, a situação já foi foi resolvida e os trabalhos devem ser retomados nesta quinta-feira (25).
Na Farmácia de Alto Custo, um comunicado informa que o atendimento seria retomado no dia 16 de setembro, o que não ocorreu. A situação fez com que os pacientes voltassem pra casa de mãos vazias, como Margareth dos Santos, que precisava buscar doses de hormônio que fazem parte do tratamento do filho para crescimento. “A gente liga aqui e nem telefonista tem pra dar uma opção pra gente, se vai ter ou não”, disse .
De acordo com a Secretaria de Comunicação do estado, nesta quarta-feira (24), durante reunião com a Secretaria de Saúde, foi definido o calendário de pagamento aos funcionários.
“Na sexta vai ser pago o salário que está atrasado e o salário que vai vencer, na terça-feira, dia 30. Então vai ficar em dia. É uma contingência por causa de problemas legais. Os contratos são temporários, emergenciais”, disse Marcos Lemos, titular da pasta estadual.
Na próxima semana, vence o terceiro e último mês de contrato com os servidores da Fundação de Apoio ao Ensino Superior da Unemat (Universidade de Mato Grosso), que tem termo de cooperação técnica com o estado. O contrato deve ser renovado para manter o serviço de gestão dos medicamentos de alto custo, que está precário desde o cancelamento do contrato com o Instituto Pernambucano de Assistência e Saúde (Ipas), após flagrante de remédios vencidos.
“Amanhã já vão estar sendo distribuídos em todos os locais em que estão faltando medicamentos, e as duas farmácias em Cuiabá já estarão funcionando, mesmo que emergencialmente”, garantiu Lemos.