A Fifa marcou para o dia 20 de dezembro, na Corte Arbitral do Esporte (CAS) a audiência final do "caso Arévalo Rios", uruguaio que defendeu o Botafogo em 2011. O clube, que liberou o volante na época para o Tijuana, do México, entrou com um recurso na entidade alegando que havia um acordo que lhe dava direito a 25% de uma futura transação. Em julho de 2012, o jogador foi comprado pelo Palermo, da Itália, por € 3 milhões, o que renderia ao Alvinegro € 750 mil (cerca de R$ 2,7 milhões no câmbio atual). Mas os mexicanos nunca reconheceram a dívida.
Quatro anos depois de muitas cobranças, a Fifa agendou o julgamento e convocou Botafogo e Tijuana ao tribunal. O Alvinegro deve ser representado pelo advogado Eduardo Carlezzo, que costuma defender o clube em instâncias internacionais. Como por exemplo: na dívida de R$ 800 mil adquirida com o Vitória, pelo "mecanismo de solidariedade", referente à venda de Elkeson para o Guanghzou Evergrande, da China, em 2012; e em outro débito do mesmo valor junto ao Kashima Antlers, do Japão, pela compra de Fellype Gabriel, também em 2012.
Arévalo chegou ao Botafogo com status de titular da seleção do Uruguai e defendeu o clube na mesma época do ídolo Loco Abreu. Porém, diferente do compatriota, ele não deixou saudades em General Severiano: disputou apenas 17 jogos e rompeu um contrato de dois anos por falta de adaptação ao Brasil. Depois das passagens por Tijuana e Palermo, o experiente volante passou ainda pelo Chicago Fire, dos Estados Unidos, antes de retornar ao México, onde está até hoje. Desde então, defendeu o Tigres, o Atlas e, aos 34 anos, está no Chiapas.
Se ganhar no CAS, o Botafogo vai engordar mais um pouco os cofres do clube, que vem tendo bastante movimentação. Nos últimos meses entraram R$ 9 milhões da venda de Ribamar para o TSV Munique 1860, da Alemanha; R$ 7,3 milhões da segunda parcela da venda de Dória para o Olympique de Marseille, da França; R$ 5 milhões do Comitê Olímpico da Áustria pelo aluguel de General Severiano durante a Olimpíada; R$ 500 mil pelo aluguel do Estádio Nilton Santos para a banda americana Guns N`Roses, fora os R$ 1,4 milhão da "Caixa Econômica Federal" que cairá até janeiro e os R$ 12 milhões pelo patrocínio master com o banco para o ano que vem.