A Justiça da Comarca de Lucas do Rio Verde está preparando o julgamento de Santo Martinello acusado da morte de Aléxia Lodi. Na época, com apenas 6 anos, Aléxia foi estuprada e morta por asfixia. Martinello, que chegou a ser detido por seis meses, conseguiu habeas corpus e fugiu da cidade. Atualmente ele é procurado pela Interpol.
De acordo com o juiz criminal Hugo José Freitas, o júri popular foi marcado para o dia 23 de setembro, a partir das 7 horas, e os procedimentos acerca do processo, como intimação do réu, convocação de jurados e testemunhas, já expedidos. “Estamos aguardando a chegada do dia para que haja, de fato, a realização desse julgamento”, informou o magistrado, explicando que o fato do réu não estar presente não impedirá a realização do julgamento. “Esse fato (não presença) não vai impedir o julgamento”.
Diante da comoção que o caso ganhou, é possível que um grande número de pessoas queira acompanhar o júri popular. Nesse caso, a Justiça pretende limitar o número de pessoas no tribunal onde acontecerá o julgamento. “O julgamento é público, mas não posso deixar causar tumulto, para que os jurados possam tranquilamente exercer sua convicção, escutar todas as falas da promotoria e da defesa, livremente, sem qualquer intranquilidade, proferir sua decisão”, citou.
O juiz criminalista disse que várias testemunhas foram arroladas para prestar informações e adiantou que não há previsão de duração do julgamento. “Tem previsão apenas para começar”, resumiu.
Sobre o fato do crime ter ocorrido há 14 anos, o magistrado Hugo Freitas cita que o tempo causa sofrimento para a família, mas não impede a Justiça de realizar o julgamento. Ele disse que, após assumir a Vara Criminal da Comarca há pouco mais de dois anos, preocupou-se em agendar o julgamento.
O crime
Aléxia Lodi foi morta em 12 de junho de 2001. O acusado, na época empresário em Lucas do Rio Verde, violentou e asfixiou a menor, encontrada morta pelo irmão Alisson. Santo Martinello chegou a ser detido, mas seis meses depois foi liberado pela Justiça. Após a realização de exame de DNA, Martinello voltou a ter sua prisão decretada, mas foragiu não sendo mais encontrado. Hoje, o acusado está na lista de lista de procurados da Interpol.