Mato Grosso, 19 de Abril de 2024
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Madrasta é indiciada por matar menina de 11 anos envenenada para ficar com herança

08.11.2019
08:41
FONTE: G1 MT

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  • Madrasta é indiciada por matar menina de 11 anos envenenada para ficar com herança

    Mirella Poliane Chue de Oliveira, de 11 anos, morreu em junho deste ano em Cuiabá — Foto: Reprodução

A Delegacia Especializada de Defesa da Criança e do Adolescente encerrou nessa quinta-feira (7) o inquérito que investigou a morte da menina Mirela Poliane, de 11 anos. Jaira Gonçalves, de 42 anos, responderá por homicídio qualificado.

 

O delegado pediu o indiciamento da madrasta que está presa em Cuiabá desde setembro. De acordo com a polícia, Jaira colocava doses de veneno na comida da menina, que morreu em junho deste ano.

 

Uma substância de venda proibida foi ministrada gota a gota, entre abril e junho deste ano, de acordo com a Deddica. A operação que prendeu Jaira recebeu o nome do conto de fadas "Branca de Neve".

 

Segundo a polícia, ela queria ficar com uma indenização de R$ 800 mil que Mirela recebeu como indenização por erro médico do hospital em que nasceu. A mãe da menina morreu durante o parto dela.

 

O inquérito concluiu que o pai de Mirela não teve participação no crime.

 

Motivação

A menina tinha direito a uma indenização pela morte da mãe durante o parto, decorrente de erro médico em um hospital da capital. A ação foi movida pelos avós maternos da criança. Em 2019, após 10 anos, o processo foi encerrado, e o hospital foi condenado a pagar uma indenização de R$ 800 mil à família, já descontando os honorários advocatícios.

 

Parte do dinheiro ficaria depositada em uma conta para a menina movimentar na idade adulta. A Justiça autorizou que fosse usada uma pequena parte desse fundo para despesas da criança, mas a maior quantia só poderia ser acessada aos 24 anos.

 

Mirella foi criada pelos avós paternos até 2017. Entretanto, após a morte deles, passou a ser criada pelo pai e pela madrasta. A partir daí, a mulher deu início ao plano de matar a criança para ficar com a indenização, segundo investigadores.

 

Internações

Do final do ano passado até a morte, Mirella foi internada várias vezes. No total, foram nove entradas em um hospital particular de Cuiabá, onde ficava de três a sete dias e, depois, melhorava. Ao retornar para casa, ela voltava a adoecer.

 

Ela recebia diagnósticos de infecção, pneumonia e até meningite. Na última vez em que foi parar no hospital, a menina já chegou morta.

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