Nesta quarta-feira, 2 de março, faz 20 anos que o avião que transportava a banda Mamonas Assassinas caiu na Serra da Cantareira, em São Paulo, causando a morte dos integrantes do grupo. Dinho, Julio, Bento, Sergio e Samuel tiveram um sucesso meteórico com o álbum homônimo lançado um ano antes, com canções que até hoje animam pistas de dança, como “Vira-vira” e “Pelados em Santos”.
Quase todas as faixas do álbum ganharam destaque nas rádios do Brasil e a morte do grupo chocou o país, até por serem jovens em ampla ascensão.
Os 20 anos da morte do grupo são marcados por algumas homenagens, como por exemplo, o “Musical Mamonas”, que estreia ainda este mês em São Paulo. Confira alguns dados da peça e algumas curiosidades da banda, que marcou a história da Música nacional.
Agradecimentos:
O álbum “Mamonas Assassinas” traz diversos agradecimentos divertidos feitos pelos artistas em seu encarte. Um deles, chama bastante atenção, não pelo tradicional lado divertido da trupe, mas pelo fato de o grupo ter morrido em um acidente de avião.
A banda faz um agradecimento especial ao pai da aviação “Santos Dumont (que inventou o avião, senão a gente ainda tava indo mixar o disco, a pé)”.
Chapolin, personagem que Dinho costumava imitar nos palcos, também ganhou menção nos agradecimentos.
Troca de nome trouxe sucesso:
Antes de se tornar Mamonas Assassinas, o grupo levava o nome de Utopia. Com esse nome, o quinteto chegou a lançar o disco "A Fórmula do Fenômeno", que não chegou nem aos pés do sucesso do primeiro álbum com o novo nome, vendendo menos de cem cópias. O álbum já trazia o sucesso “Pelados em santos”, mas no disco ainda era intitulada como “Mina (Minha Pitchulinha)”.
Homenagem nos palcos:
Duas décadas após a morte do grupo, o quinteto ganhará uma homenagem especial nos palcos.
O “Musical Mamonas” estreia no Teatro Fecomercio, em São Paulo, no mês de março e tem direção de José Possi Neto.
A temporada na capital paulista fica de 11 de Março a 29 de Maio de 2016 e contará com um elenco formado por Ruy Brissac (Dinho), Adriano Tunes (Julio), Yudi Tamashiro (Bento), Elcio Bonazzi (Sergio/Samuel) e Arthur Ienzura (Sergio/Samuel).
Homenagem na avenida:
Está não será a primeira homenagem feita aos Mamonas Assassinas. Em 2001, o rock da banda virou samba.
A escola Inocentes de Belford Roxo, que na época integrava o Grupo de Acesso no carnaval do Rio de Janeiro, fez um tributo ao grupo na avenida com o enredo “De Guarulhos para o Palco da Folia, Sonhos, Irreverência e Alegria. Mamonas para sempre!”. A agremiação ficou em 8º lugar naquele ano.
Paródias:
Talvez a parodia mais conhecida do grupo tenha sido a “Chopis Centis”, inspirada em “Should I Stay Or Should I Go”, do The Clash. Mas essa faixa não foi a única usada como inspiração para a trupe.
O título da faixa "Bois Don't Cry", por exemplo, é uma paródia à música "Boys Don't Cry", do The Cure. A mesma faixa, quando se fala de influências musicais, traz inspirações do cantor Waldick Soriano e conta com a base da música "The Mirror" do Dream Theater em sua parte mais “paulera”.
Faixa em espanhol e homenagem do Titãs:
A faixa “Pelados em Santos” ganhou duas versões especiais. Uma gravada pela própria banda em espanhol.
Traduzida para "Desnudos em Cancún", a faixa entrou na coletânea “Atenção, Creuzebek: A Baixaria Continua”, lançada em 1998.
Outra regravação foi feita pelo grupo Titãs, em 1999. O grupo lançou o álbum “As dez mais”, fazendo uma homenagem a alguns de seus artistas favoritos. A canção dos Mamonas Assassinas ganhou espaço no disco ao lado de músicas de Lulu Santos, Roberto Carlos, Legião Urbana, entre outros.