IMPRIMA ESSA NOTÍCIA ENVIE PARA UM AMIGO
São apenas 24 anos. Desde que nasceu, em 1988, Leandro Silva de Santana fez diversas escolhas na vida, algumas certas e outras erradas. De uma delas, ele não se arrepende: torcer pelo Esporte Clube Vitória. Quando passou a entender de futebol, por volta dos cinco anos, viu o clube ser vice-campeão brasileiro em 1993. E não teve dúvidas. A partir daí, até se tornar o Léo Santana, vocalista do Parangolé, acompanhou a época mais vitoriosa de seu clube do coração.
As histórias do cantor - conhecido nacionalmente depois do estouro do “Rebolation” - e a do clube se confundem. Torcedor do Vitória por causa do pai, Léo se acostumou a acompanhar o time de longe, apenas com os ouvidos no rádio e os olhos na televisão.
- Meu pai, que é Vitória doente, é daqueles torcedores que nunca vão para o estádio. Fica só no rádio e na TV. Os amigos me convidavam para ir ao estádio, mas eu era menor e meu pai ficava preocupado. Esse é o lado ruim.
Léo não precisou nem sair de casa para viver de perto a maior rivalidade do estado. Além dele e do pai, uma irmã torce pelo Vitória. Por outro lado, a mãe e a irmã mais nova não escondem a paixão pelo Bahia.
- Era uma briga danada: três contra dois. Mas eu e meu pai sempre ganhávamos. Apesar da influência de minha mãe, virei Vitória naturalmente. Os homens sempre vão pelo pai – contou.
Atrás dos passos do pai, Léo se acostumou a ver o Vitória de longe. Ir ao estádio era raridade. Nem por isso a paixão pelo clube diminuiu. Muito pelo contrário. Com o passar do tempo, o amor e a ligação entre os dois só fez aumentar.
Festa de primeira
De tanto ver o Vitória fora do Barradão, não poderia ser diferente em um dos momentos marcantes da carreira do cantor. Em 2007, quando o Rubro-Negro festejou a volta para a Primeira Divisão, Léo estava perto do estádio, mas não entrou. Da porta do Manoel Barradas, o cantor comandou a festa do retorno do time para a Série A:
- Foi logo quando entrei na banda, tinha uns três meses, mais ou menos. Eu estava muito novinho, sem identidade, a voz amadurecendo. Foi no dia em que a Ivete até desceu de helicóptero no Barradão, e a gente teve o prazer de tocar do lado de fora do estádio para milhares de rubro-negros. A ascensão do Vitória coincide com a ascensão de Léo no Parangolé. Com certeza, tem tudo a ver, foi no mesmo período. Faz parte.
Mas esse não é o jogo marcante do torcedor Léo Santana. A partida que ficou na sua memória foi assistida da arquibancada do Barradão. Do lado de dentro do estádio, Léo viu de perto o Vitória golear o Vasco por 5 a 0.
O confronto aconteceu pela última rodada do primeiro turno da Série A do Campeonato Brasileiro de 2008. Depois de perder por 3 a 0 para o Palmeiras, em São Paulo, o Vitória recebeu o Vasco no Barradão. O time carioca também havia sido derrotado na rodada anterior e estreava o técnico Tita.
Dentro de campo, o Vitória fez valer a força do Barradão. Com gols de Dinei, Ramon, Leandro Domingues, Jackson e Adriano, o time de Vagner Mancini aplicou a maior goleada do confronto entre as duas equipes.
Os três pontos conquistados dentro de casa fizeram com que a equipe conseguisse terminar o Brasileiro na décima colocação, com a vaga carimbada para a Sul-Americana do ano seguinte. Do outro lado, o resultado negativo histórico ajudou no rebaixamento do Vasco para a Segunda Divisão.
E não foi somente a larga vantagem e a exibição do Vitória que fizeram com que o jogo ficasse marcado na memória do cantor. A partida foi uma das primeiras que ele teve a oportunidade de ver de perto.
- Para mim, que era novato no estádio, foi ‘caramba!’. Estávamos eu e vários amigos da minha comunidade, Boa Vista do Lobato, subúrbio de Salvador. Claudinho, Nei, uma galera... Não existia nem “Rebolation” ainda. Estava começando no Parangolé, e a minha chegada me marcou, porque a direção do Vitória me reconheceu e queria me colocar na cadeira e tal. Foi muito marcante sentir esse carinho da galera, mas preferi ficar nos Imbatíveis (torcida organizada do Vitória), na galera.
O reconhecimento e o carinho da diretoria do Vitória com Léo Santana não se resumem aos cuidados com o cantor em dias de jogos. Este ano, o clube decidiu grafitar os muros do Barradão com ex-jogadores, torcedores históricos e personalidades que marcaram a história do clube. O vocalista do Parangolé foi um dos primeiros a ter a imagem ‘eternizada’.
- A ideia é massa! Eles me colocaram meio estranho lá (risos). As perninhas finas, o corpão lá em cima. Pelo amor de Deus! Mas eu acho a ideia muito bacana. Tem o Tatau, a Ivete, Daniela, os principais torcedores do meio artístico, porque todos os torcedores são importantíssimos. Fico feliz por ter esse carinho da torcida do Vitória, da direção do clube.
Apesar de já ter experimentado sensações diversas na arquibancada do Barradão e de ser apontado como um apaixonado pelo clube, a agenda do Parangolé fez com que Léo retornasse aos tempos de infância.
Por conta do grande número de shows, o cantor diz que é mais difícil ir aos jogos. No entanto, sempre que pode, faz de tudo para dar uma força ao time. No ano passado, mostrou ser pé-quente. Na reta final da Série B do Campeonato Brasileiro, o cantor esteve em um dos camarotes do Barradão e vibrou com a goleada de 5 a 1 em cima do Salgueiro.
Apesar do resultado, o Vitória vacilou na reta de chegada e deixou escapar a chance de voltar para a Primeira Divisão. Com o sonho adiado para 2012, Léo Santana espera que, assim como há cinco anos, possa ter presença marcante no dia em que o Vitória carimbar o retorno para a Série A do Campeonato Brasileiro.
IMPRIMA ESSA NOTÍCIA ENVIE PARA UM AMIGO