Morador encontra gavião em tubulação de apartamento em Cuiabá

Um gavião carcará foi resgatado na manhã deste sábado (12), por volta das 10h, em uma entrada de ar de um edifício, no Bairro Coophamil, em Cuiabá. Segundo o relato do morador do apartamento, Gilberto Godoi, de 62 anos, ele ouviu um barulho estranho quando acordou para fazer café e também percebeu que o seu cachorro estava latindo muito.

“Após olhar pelo meu apartamento e não perceber nada, fui até a lavanderia para ver o que estava lá. E quando vi o gavião assustei", relatou ao G1 o morador. Ainda segundo Godoi, o pássaro até tentou voar, porém, quando chegava na metade da tubulação não conseguia sair e se cansava. "Então, para não machucá-lo, chamei o Corpo de Bombeiros para o animal não morrer”, disse em entrevista.

Segundo o sargento Antônio Moraes, do Corpo de Bombeiros que acompanhou a ocorrência, a atitude do morador em acionar a equipe foi correta. “A pessoa deve acionar o Corpo de Bombeiros sempre em situações quando ela percebe que a vida do ser humano está em risco. Qualquer animal que seja, pode estar estressado e machucar gravemente quem estiver por perto”, afirmou ele.

Ainda conforme o tenente, além de chamar os bombeiros, a orientação é não se aproximar do animal e se houver criança, deve retirá-la de perto. “[Em um caso] como uma ave desta, a primeira reação dela quando vai atacar um ser humano é o olho por causa da cor, então deve-se tomar todos os cuidados necessários”, mencionou.

Após o resgate o gavião foi solto pelos bombeiros no pátio do condomínio para voltar para seu habitat natural. “Quando um animal é capturado, ele é encaminhado para cuidados veterinários, um tratamento ou readaptação à natureza. Como o animal não está machucado ele pode ser devolvido à natureza”, falou.

Para os bombeiros, o aparecimento de animais nas cidades pode estar relacionado com a devastação da vegetação natural e a falta de comida. Segundo o biólogo João Batista, é comum encontrar esses tipos de animais na região de Cuiabá. "Normalmente esses animais procuraram a região do cerrado, o que temos na capital. É comum achar essa ave em prédios porque elas fazem ninhos nesses locais", explicou ao G1.