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Possível promessa de campanha de reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a gratuidade no transporte público já é realidade em 154 cidades do país. Em algumas, são aplicadas tarifas universais e, em outras, taxas parciais. Apesar de o número representar 2,7% dos municípios brasileiros, locais que contam com o benefício cresceram 274% em quase cinco anos, apontam dados da NTU (Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos).
O relatório, referente ao período de 2020 a maio de 2025, aponta que o número de cidades com tarifa zero saltou de 41 para 154. Hoje, do total, 127 contam com a tarifa zero universal, ou seja, os usuários podem usar o transporte público de forma totalmente gratuita durante todos os dias da semana.
Em 62% dos casos, a tarifa zero é praticada em cidades cuja população é menor do que 50 mil habitantes. Além disso, a maior parte das gestões trabalha com empresas privadas para fazer o transporte coletivo.
Em meio à tentativa de conter os gastos públicos, a implementação de uma tarifa zero universal pode ser um desafio para o atual governo. Em Brasília, por exemplo, que conta com quase 3 milhões de habitantes, o Executivo local arca com um custo de R$ 30 milhões por ano para fornecer transporte gratuito aos domingos e feriados.
Já na cidade de Pedro Osório (RS), cuja população é estimada em 7.500 pessoas, o governo local arca com R$ 10 mil por mês para que os moradores usem o transporte gratuitamente todos os dias da semana.
Apesar da expectativa da proposta para a campanha de reeleição de Lula, ainda não existem números oficiais sobre os possíveis gastos para implementação.
Promessa de campanha
Em entrevista exclusiva à RECORD, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reiterou que a proposta de tarifa zero no transporte público deve integrar a campanha de reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2026, conforme indicou o ministro da Fazenda.
Ele afirmou que um estudo técnico sobre a viabilidade da medida está em andamento por determinação de Lula, que considera o tema estratégico para os trabalhadores, o meio ambiente e a mobilidade urbana.
“Nós estamos fazendo nesse momento uma radiografia do setor a pedido do presidente Lula. Ele sabe que esse tema é importante para os trabalhadores, para o meio ambiente e para a mobilidade urbana”, declarou Haddad.
O ministro explicou ter recebido a incumbência devido à sua experiência anterior com o assunto. Quando prefeito de São Paulo, encomendou levantamentos sobre transporte gratuito antes mesmo de assumir o cargo.
Em Brasília
Em setembro, a Comissão de Transporte e Mobilidade Urbana da Câmara Legislativa do Distrito Federal aprovou um projeto de lei que institui a gratuidade total no transporte público do DF. A proposta determina que a tarifa zero seja implementada em até quatro anos.
Uma pesquisa feita pela Universidade de Brasília mostra que, em média, um usuário do transporte público do DF gasta R$ 260 por mês com passagens de ônibus, o que pode ser considerado um gasto significativo para famílias de baixa renda.
Segundo o levantamento, o programa “Vai de Graça”, como é conhecido na capital, “teve um impacto relevante na mobilidade urbana da população do DF, possibilitando uma ampliação do acesso à cidade”.
Além de propiciar uma economia para a população, levantamento da Fecomércio-DF aponta que o programa estimulou a movimentação de pessoas no comércio aos domingos e feriados.
“96% dos lojistas perceberam crescimento no fluxo de clientes nos dias em que vigora a gratuidade. Entre os empresários dos segmentos pesquisados que declararam aumento nas vendas, 51,2% relataram variação de 10% até 27,2%”, diz o texto.
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