Como foi divulgado, a "Playboy" não chegará mais ao fim no Brasil. A edição de dezembro será apenas a última publicada pela editora Abril, com a Paparazzo Misteriosa na capa. Em março de 2016, a revista voltará renovada às bancas sob o comando da PBB Entertainment, um grupo do Paraná que acertou com a matriz norte-americana os direitos de publicação no país.
E os novos donos, os sócios Marcos de Abreu, André Sanseverino e Edson Oliveira, prometem trazer os tempos áureos da "Playboy" de volta.
"Queremos que a revista tenha o glamour que já teve. Queremos voltar a ter grandes estrelas na capa, que elas tirem a roupa nas nossas páginas", disse Sanseverino ao EGO, nesta segunda-feira, 7.
Ciente de que as participantes de realities e musas da internet também possuem seus públicos, ele não fechou totalmente as portas para elas.
"Qualquer mulher que mereça estar na 'Playboy', vai estar. É difícil definir um padrão. Mas uma coisa sabemos: queremos mulheres especiais, formadoras de opinião, que tenham um histórico. Não queremos mulheres que sejam apenas bonitas", explicou o empresário, que ocupa os postos de publisher e vice-presidente.
Para atrair novamente as estrelas, Sanseverino aposta no projeto de marketing que está sendo traçado.
"Vamos fazer grandes eventos, festas. Queremos que elas tenham novamente orgulho de estampar nossas capas. E não vão ser atraídas apenas pelas revistas, mas também pelos eventos", adiantou ele, que tem experiência no mundo do glamour. Fotógrafo de moda, Sanseverino já ganhou o prêmio Playboy de fotografia e também foi dono da agência Mega Models no Paraná.
Para a primeira capa da nova fase, o empresário já vem fazendo contatos. "Vai ser uma surpresa boa", prometeu, sem dar nenhuma pista.
Nudez garantida
Ao contrário da "Playboy' dos Estados Unidos, que não terá mais nudez frontal a partir de 2016, nas páginas da edição brasileira o nu está garantido. Para os americanos, a nudez perdeu força comercial em veículos impressos por causa da concorrência de sites e blog pornográficos.
Sanseverino usou do bom humor para avaliar a situação: "A sensualidade da mulher brasileira tem outro padrão, não dá para comparar com as norte-americanas. A começar pelo biquíni".
Para ele, a nudez ainda tem, sim, como ser rentável. "O grande erro das editoras foi não dar a devida importância à internet. Nós vamos vir com um grande portal, com acesso mobile, muita interatividade. Não falaremos mais revista 'Playboy' e, sim, a nova 'Playboy'. Mas a espinha dorsal da publicação, como os ensaios e as grandes entrevistas, serão mantidas".
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